Uma ação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama) interrompeu, nesta semana, o avanço do desmatamento em 11 áreas de floresta amazônica nos municípios de Monte Alegre, Almerim e Prainha, no noroeste do Pará. Pecuaristas já haviam destruído cerca de 2 mil hectares de matas preservadas, o equivalente a 2 mil campos de futebol, para a implantação de pastagens antes da chegada dos fiscais do Ibama.
Os donos das terras terão prazo de cinco dias para apresentar as licenças de desflorestamento ou serão multados em R$ 5 mil por hectare. Os pastos ilegais também serão embargados para permitir a regeneração da floresta. Durante as vistorias, realizadas de helicóptero, os agentes apreenderam três espingardas, seis armas artesanais e uma motosserra.
"Pelo o que vimos nos sobrevoos, essa é uma nova frente de expansão agropecuária no Pará, pois todas as áreas desmatadas estavam com pastagens em fase de implantação. E a maioria dos fazendeiros não vive na propriedade, mas vem de fora para 'conquistar' a terra", afirmou o chefe da Divisão de Fiscalização do Ibama, Givanildo dos Santos Lima.
Os fiscais chegaram na região na segunda-feira, para fazer o monitoramento aéreo dos focos de desmatamento revelados pelo Sistema de Detecção de Desmatamentos em Tempo Real, do Instituto nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O programa é responsável pelo monitoramento da Amazônia Legal.
Nenhum comentário:
Postar um comentário