A Organização das Nações Unidas (ONU) lançou nesta segunda-feira (16/08) em Fortaleza, no Ceará, a Década para os Desertos e a Luta contra a Desertificação, que prevê esforços até 2020 para deter um fenômeno que ameaça prejudicar a vida de um bilhão de pessoas.
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A iniciativa foi lançada pelo secretário-executivo da Convenção da ONU de Combate à Desertificação, Luc Gnacadja, durante a abertura da segunda Conferência Internacional sobre Clima, Sustentabilidade e Desenvolvimento em Regiões Semiáridas, que acontece até sexta-feira (20/08), em Fortaleza.
”O objetivo é criar uma associação global para reverter e prevenir a desertificação e a degradação dos solos e para mitigar os efeitos das secas em áreas afetadas, a fim de contribuir para reduzir a pobreza e a garantir a sustentabilidade ambiental", afirma Gnacadja.
Segundo ele, caso a humanidade não adote medidas preventivas, terá que se acostumar a "secas severas e prolongadas, inundações e escassez de água", o que agravará a desertificação do planeta.
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De acordo com um comunicado divulgado pela ONU no Brasil, a desertificação ameaça degradar 3,6 bilhões de hectares de terras em zonas áridas, o que equivale a 25% da superfície terrestre, área na qual vivem um bilhão de pessoas em 110 países, em sua maioria pobres.
Os mesmos dados indicam que o mundo perde a cada ano 12 milhões de hectares de terra nos quais seria possível produzir até 20 milhões de toneladas de grãos. "Atualmente, se perdem US$ 42 bilhões de dólares em renda como consequência da desertificação e da degradação dos solos", acrescenta o comunicado.
As regiões mais ameaçadas pela degradação definitiva são os desertos e as terras secas e semiáridas, nas quais vivem 2,1 bilhões de pessoas (40% da população mundial), 90% delas em países em desenvolvimento, e onde ficam 44% das áreas cultivadas.
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