O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) liberou ontem (21) o primeiro financiamento público oficial para a usina hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu (PA). O valor do empréstimo é de R$ 1,087 bilhão, na modalidade de crédito de curto prazo.
Condicionantes
O consórcio Nesa, formado por Eletrobras, Eletronorte e Chesf, fundos de pensão e empreiteiras, pode ter dificuldades para conseguir a LI, já que não cumpriu a grande maioria das 40 condicionantes impostas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) na Licença Prévia.
o consórcio negocia com o Ibama um novo prazo para cumprir as condicionantes. O Ministério Público Federal (MPF), entretanto, é contra a tentativa de afrouxar as condicionantes, e já anunciou que acionará a Justiça caso o Ibama conceda a LI.
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
Ibama: licença é desafio para Belo Monte
Dois pareceres técnicos do Ibama, um emitido em 5 de outubro de 2010 e o segundo no dia 20 do mesmo mês, mostram que o Consórcio Norte Energia, vencedor da licitação para a construção da usina de Belo Monte, no Pará, está longe de conseguir cumprir as 40 condicionantes exigidas para obter a Licença de Instalação, obrigatória para o início das obras. Nos dois relatórios os técnicos do Ibama são taxativos em afirmar que “o não cumprimento das condicionantes, bem como a não realização das ações antecipatórias não fornecem as condições necessárias para o empreendimento começar a se instalar na região”.
Apesar da negativa, continuam fortes os rumores em Altamira de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deverá chegar à região no dia 17 de dezembro para assinar a Licença de Instalação já no canteiro de obras da usina. A Secretaria de Comunicação da Presidência da República informou que não há nenhuma previsão para a visita, já que a agenda do presidente não é fechada com tamanha antecedência. Mas para os moradores da região que sonham com o início das obras há mais de 20 anos, já é certa a visita do presidente Lula, bem como o pontapé inicial das obras.
NOVO ROUND?
Mas, se depender do Ministério Público Federal do Pará e dos movimentos sociais da região, este será mais um round na guerra contra a construção da usina, cuja história se arrasta há mais de 20 anos. Para o procurador da República paraense, Felício Pontes, o que se está antevendo agora, além de todo o desastre ambiental já alertado pelo MP e por diversas entidades ligadas ao meio ambiente, é o caos social na região.
“O caos social se estabelecerá com a liberação da Licença de Instalação sem o cumprimento das condicionantes em termos de educação, saúde, segurança pública e, sobretudo, organização fundiária – que fez a fama internacional de Altamira”, alerta Felício Pontes. Segundo o procurador, o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) feito pela Eletrobrás e empreiteiras prevê que a migração de trabalhadores em busca de emprego na obra será de 100 mil.
“Considerando que a população atual de Altamira é de 94 mil, e que o máximo de postos de trabalho gerados pela obra será de cerca de 19 mil, e isso apenas no terceiro ano, pois nos demais anos esse número é menor, é fácil concluir que, além da explosão demográfica, Altamira terá, no mínimo, 80 mil pessoas desempregadas”, adverte Pontes.
O MPF enviou uma nova recomendação ao Ibama para que o órgão não emita nova licença ambiental para Belo Monte enquanto não forem resolvidas as questões pendentes da licença prévia que autorizou o leilão da usina em abril deste ano. Na licença foram assinaladas pelo Ibama 40 condições prévias que deveriam ser cumpridas antes da emissão de novas autorizações. “O MPF constatou que, até agora, a maioria das condicionantes encontra-se, se não no marco zero, muito aquém do previsto”, afirmam os procuradores Cláudio Terre do Amaral e Bruno Alexandre Gütschow na recomendação.
Para eles, o cenário é de total incerteza sobre o cumprimento das condicionantes e sobre os danos que, com isso, serão causados.
Dados são contraditórios sobre a mão de obra atraída
O Parecer nº 88/2010 do Ibama, datado de 5 de outubro de 2010 e assinado por sete analista ambientais e acordado pelo coordenador Geral de Infra Estrutura de Energia Elétrica do órgão - e os nomes não podem ser divulgados para evitar demissões e punições, como já ocorreu em casos anteriores relacionados a Belo Monte - confirma o temor do Ministério Público do Pará.
Na folha 4/21 os analistas advertem: “Nos diversos documentos encaminhados ao Ibama foram apresentadas estimativas contraditórias acerca da demanda de mão-de-obra para as instalações iniciais”. O relatório do Ibama mostra que, de acordo com o EIA, no 1º ano de obras da UHE Belo Monte seriam gerados até 3.621 empregos diretos, o que se refletiria em uma população atraída estimada em 13.969 pessoas neste mesmo ano.
Já em outro documento apresentado pelo Consórcio ao Ibama, que trata das Ações Antecipatórias, o quadro de contratação de mão de obra no primeiro ano seria de 4.457 empregados. “Destes, 3.342 deverão ser contratados e capacitados na região e 1.026 já são pertencentes aos quadros do empreendedor” diz o Consórcio Norte Energia.
O Ibama adverte os empreendedores lembrando que “os municípios devem estar preparados para receber o afluxo populacional no momento em que este ocorre, para o que são necessárias medidas antecipatórias, que precisam ser realizadas para evitar que a qualidade de vida das pessoas da região, e daquelas que chegarem, piore apenas com as expectativas geradas pela construção do empreendimento.”
Ainda segundo o Ibama, essas ações precisam incluir melhorias nos sistemas de saúde, educação, saneamento, segurança, “entre outros. No Parecer 95/2010 de 20 de outubro, os técnicos do Ibama ressaltam que o Consórcio Norte Energia apresentou em setembro previsão de mão-de-obra para o período de oito meses iniciais, considerando um total estimado de 2.811 pessoas contratadas.
Nesse relatório, o que mais chamou a atenção do Ministério Público e do Movimento Xingu Vivo para Sempre foi o fato do Consórcio, nesta condição inicial, ter como premissa a não migração de famílias, ou seja, a não consideração de acréscimo de população por conta de familiares.
“Isto é surreal. O simples fato de saberem que já há a possibilidade de início das obras já está atraindo centenas de pessoas para Altamira. Eu que sou da região cruzo com pessoas estranhas a todo instante. Nós sabemos que estamos recebendo um fluxo enorme, só pela proximidade do início da construção”, ressaltou o deputado federal Wandenkolk Gonçalves, presidente da subcomissão especial criada para acompanhar a implantação da usina hidrelétrica de Belo Monte na Câmara dos Deputados.
O deputado lembra que é necessário o cumprimento de todas as ações antecipatórias para evitar, além do caos e desatendimento aos que chegarem, o desconforto para a população que já reside na região. “Precisamos preservar o que já conquistamos. Queremos a usina, mas ela deve vir precedida de ações que beneficiem a população e não de prejuízos que venham piorar as condições de vida de nossa região”, ressaltou Wandenkolk.
O próprio Ibama alertou os empreendedores sobre esta possibilidade, mesmo em se tratando da construção do canteiro de obras: “A premissa de não migração de familiares por conta de contratação de mão de obra local se comprovou equivocada, mesmo porque a expectativa de obtenção de emprego e melhoria de condições de vida são os vetores de atração para a região”.
Pesquisador alerta para o perigo das migrações
O fenômeno de migração populacional motivada pela corrida de mão de obra se verifica em todas as obras de grandes barragens, conforme atesta o professor da Universidade de Brasília, especialista em recuperação de áreas degradadas, Mauro Eloi Nappo. “O que se observa na construção de grandes hidrelétricas, além da questão ambiental grave, é este segundo momento, que é a sobra de mão de obra deixada para trás, é o bolsão da pobreza criado no entorno do empreendimento, com caos nos sistemas de saúde, segurança, educação e até mesmo no aumento da prostituição local”, reforça.
Mauro Nappo, que trabalhou em obras de grandes hidrelétricas em Minas Gerais, como Nova Ponte, Miranda, Capim Branco, entre outras, lembra que Nova Ponte, por exemplo, é operada por apenas 13 funcionários. “O ônus pela superpopulação gerada pela construção da usina ficou todo para o município”, informou.
O professor acredita que o ônus de Belo Monte vai recair sobre os ombros do Governo do Estado do Pará. “O Estado sempre fica com o ônus. O que Tucuruí gerou? Basta ver os dados socioconômicos . A própria cidade de Tucuruí está à margem do processo de desenvolvimento. Muito pouco se reflete na vida da cidade e das pessoas. Lá é terra de ninguém. O empreendimento não conseguiu compensar para o povo o que se esperava”, ressalta, lembrando a diferença que existe entre a vila dos funcionários da Eletronorte e a população nativa e migrante de Tucuruí.
O próprio relatório do Ibama deixa isto claro para os empreendedores. Segundo os técnicos do órgão, no processo de licenciamento da usina de Jirau, em Rondônia, somente em um pequeno distrito de Porto Velho – Jaci-Paraná, próximo ao canteiro de obras, no decorrer de um ano ocorreu uma atração populacional de aproximadamente 11 mil pessoas, passando a população que era de quatro mil para 15 mil pessoas, gerando caos em todo o sistema: saúde, segurança, educação e segurança pública.
Quadro dos municípios envolvidos já é precário
Os índices sociais do Pará estão entre os mais baixos do país. A região de Altamira também registra um alto índice de violência, sobretudo por questões fundiárias. De acordo com o Mapa de Violência dos Municípios Brasileiros, divulgado pela Organização dos Estados Ibero-Americanos (OEI), os cinco municípios que serão diretamente atingidos pela barragem de Belo Monte apresentam taxas de homicídio que os situam entre os mais violentos do país.
Anapu, onde foi assassinada a freira norte americana, naturalizada brasileira, Dorothy Stang, e Vitória do Xingu, onde vai ser construída grande parte do canteiro da obra, estão na faixa dos 40% mais violentos municípios do país. Brasil Novo e Senador José Porfírio entre os 25%. Altamira, que já está recebendo e vai receber o maior fluxo migratório foi classificada na faixa dos 10% (entre 556 municípios), onde foram registradas as maiores taxas médias de homicídio (número de ocorrências por 100 mil habitantes) no triênio 2004-2006.
Juntos, estes cinco municípios possuem um policial para cada 608 habitantes (Altamira tem um para cada 419 habitantes, e Vitória do Xingu, um dos mais violentos do país, tem um policial para cada 2.384 habitantes).
O relatório do Ibama é minucioso ao descrever o caos já estabelecido na questão da superpopulação carcerária já existente, na falta de efetivo policial e despreparo do já existente; na significativa parcela da população sem instrução escolar em todos os municípios da região; da falta de estrutura da área da saúde; da grave questão do saneamento como falta de abastecimento de água, da falta de banheiro ou sanitário na maioria das residências, da falta de esgotamento sanitário, da deficiência no tratamento de resíduos sólidos, da inexistência de sistemas de drenagem de águas pluviais; entre outros problemas graves de infra estrutura na região.
Apesar da negativa, continuam fortes os rumores em Altamira de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deverá chegar à região no dia 17 de dezembro para assinar a Licença de Instalação já no canteiro de obras da usina. A Secretaria de Comunicação da Presidência da República informou que não há nenhuma previsão para a visita, já que a agenda do presidente não é fechada com tamanha antecedência. Mas para os moradores da região que sonham com o início das obras há mais de 20 anos, já é certa a visita do presidente Lula, bem como o pontapé inicial das obras.
NOVO ROUND?
Mas, se depender do Ministério Público Federal do Pará e dos movimentos sociais da região, este será mais um round na guerra contra a construção da usina, cuja história se arrasta há mais de 20 anos. Para o procurador da República paraense, Felício Pontes, o que se está antevendo agora, além de todo o desastre ambiental já alertado pelo MP e por diversas entidades ligadas ao meio ambiente, é o caos social na região.
“O caos social se estabelecerá com a liberação da Licença de Instalação sem o cumprimento das condicionantes em termos de educação, saúde, segurança pública e, sobretudo, organização fundiária – que fez a fama internacional de Altamira”, alerta Felício Pontes. Segundo o procurador, o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) feito pela Eletrobrás e empreiteiras prevê que a migração de trabalhadores em busca de emprego na obra será de 100 mil.
“Considerando que a população atual de Altamira é de 94 mil, e que o máximo de postos de trabalho gerados pela obra será de cerca de 19 mil, e isso apenas no terceiro ano, pois nos demais anos esse número é menor, é fácil concluir que, além da explosão demográfica, Altamira terá, no mínimo, 80 mil pessoas desempregadas”, adverte Pontes.
O MPF enviou uma nova recomendação ao Ibama para que o órgão não emita nova licença ambiental para Belo Monte enquanto não forem resolvidas as questões pendentes da licença prévia que autorizou o leilão da usina em abril deste ano. Na licença foram assinaladas pelo Ibama 40 condições prévias que deveriam ser cumpridas antes da emissão de novas autorizações. “O MPF constatou que, até agora, a maioria das condicionantes encontra-se, se não no marco zero, muito aquém do previsto”, afirmam os procuradores Cláudio Terre do Amaral e Bruno Alexandre Gütschow na recomendação.
Para eles, o cenário é de total incerteza sobre o cumprimento das condicionantes e sobre os danos que, com isso, serão causados.
Dados são contraditórios sobre a mão de obra atraída
O Parecer nº 88/2010 do Ibama, datado de 5 de outubro de 2010 e assinado por sete analista ambientais e acordado pelo coordenador Geral de Infra Estrutura de Energia Elétrica do órgão - e os nomes não podem ser divulgados para evitar demissões e punições, como já ocorreu em casos anteriores relacionados a Belo Monte - confirma o temor do Ministério Público do Pará.
Na folha 4/21 os analistas advertem: “Nos diversos documentos encaminhados ao Ibama foram apresentadas estimativas contraditórias acerca da demanda de mão-de-obra para as instalações iniciais”. O relatório do Ibama mostra que, de acordo com o EIA, no 1º ano de obras da UHE Belo Monte seriam gerados até 3.621 empregos diretos, o que se refletiria em uma população atraída estimada em 13.969 pessoas neste mesmo ano.
Já em outro documento apresentado pelo Consórcio ao Ibama, que trata das Ações Antecipatórias, o quadro de contratação de mão de obra no primeiro ano seria de 4.457 empregados. “Destes, 3.342 deverão ser contratados e capacitados na região e 1.026 já são pertencentes aos quadros do empreendedor” diz o Consórcio Norte Energia.
O Ibama adverte os empreendedores lembrando que “os municípios devem estar preparados para receber o afluxo populacional no momento em que este ocorre, para o que são necessárias medidas antecipatórias, que precisam ser realizadas para evitar que a qualidade de vida das pessoas da região, e daquelas que chegarem, piore apenas com as expectativas geradas pela construção do empreendimento.”
Ainda segundo o Ibama, essas ações precisam incluir melhorias nos sistemas de saúde, educação, saneamento, segurança, “entre outros. No Parecer 95/2010 de 20 de outubro, os técnicos do Ibama ressaltam que o Consórcio Norte Energia apresentou em setembro previsão de mão-de-obra para o período de oito meses iniciais, considerando um total estimado de 2.811 pessoas contratadas.
Nesse relatório, o que mais chamou a atenção do Ministério Público e do Movimento Xingu Vivo para Sempre foi o fato do Consórcio, nesta condição inicial, ter como premissa a não migração de famílias, ou seja, a não consideração de acréscimo de população por conta de familiares.
“Isto é surreal. O simples fato de saberem que já há a possibilidade de início das obras já está atraindo centenas de pessoas para Altamira. Eu que sou da região cruzo com pessoas estranhas a todo instante. Nós sabemos que estamos recebendo um fluxo enorme, só pela proximidade do início da construção”, ressaltou o deputado federal Wandenkolk Gonçalves, presidente da subcomissão especial criada para acompanhar a implantação da usina hidrelétrica de Belo Monte na Câmara dos Deputados.
O deputado lembra que é necessário o cumprimento de todas as ações antecipatórias para evitar, além do caos e desatendimento aos que chegarem, o desconforto para a população que já reside na região. “Precisamos preservar o que já conquistamos. Queremos a usina, mas ela deve vir precedida de ações que beneficiem a população e não de prejuízos que venham piorar as condições de vida de nossa região”, ressaltou Wandenkolk.
O próprio Ibama alertou os empreendedores sobre esta possibilidade, mesmo em se tratando da construção do canteiro de obras: “A premissa de não migração de familiares por conta de contratação de mão de obra local se comprovou equivocada, mesmo porque a expectativa de obtenção de emprego e melhoria de condições de vida são os vetores de atração para a região”.
Pesquisador alerta para o perigo das migrações
O fenômeno de migração populacional motivada pela corrida de mão de obra se verifica em todas as obras de grandes barragens, conforme atesta o professor da Universidade de Brasília, especialista em recuperação de áreas degradadas, Mauro Eloi Nappo. “O que se observa na construção de grandes hidrelétricas, além da questão ambiental grave, é este segundo momento, que é a sobra de mão de obra deixada para trás, é o bolsão da pobreza criado no entorno do empreendimento, com caos nos sistemas de saúde, segurança, educação e até mesmo no aumento da prostituição local”, reforça.
Mauro Nappo, que trabalhou em obras de grandes hidrelétricas em Minas Gerais, como Nova Ponte, Miranda, Capim Branco, entre outras, lembra que Nova Ponte, por exemplo, é operada por apenas 13 funcionários. “O ônus pela superpopulação gerada pela construção da usina ficou todo para o município”, informou.
O professor acredita que o ônus de Belo Monte vai recair sobre os ombros do Governo do Estado do Pará. “O Estado sempre fica com o ônus. O que Tucuruí gerou? Basta ver os dados socioconômicos . A própria cidade de Tucuruí está à margem do processo de desenvolvimento. Muito pouco se reflete na vida da cidade e das pessoas. Lá é terra de ninguém. O empreendimento não conseguiu compensar para o povo o que se esperava”, ressalta, lembrando a diferença que existe entre a vila dos funcionários da Eletronorte e a população nativa e migrante de Tucuruí.
O próprio relatório do Ibama deixa isto claro para os empreendedores. Segundo os técnicos do órgão, no processo de licenciamento da usina de Jirau, em Rondônia, somente em um pequeno distrito de Porto Velho – Jaci-Paraná, próximo ao canteiro de obras, no decorrer de um ano ocorreu uma atração populacional de aproximadamente 11 mil pessoas, passando a população que era de quatro mil para 15 mil pessoas, gerando caos em todo o sistema: saúde, segurança, educação e segurança pública.
Quadro dos municípios envolvidos já é precário
Os índices sociais do Pará estão entre os mais baixos do país. A região de Altamira também registra um alto índice de violência, sobretudo por questões fundiárias. De acordo com o Mapa de Violência dos Municípios Brasileiros, divulgado pela Organização dos Estados Ibero-Americanos (OEI), os cinco municípios que serão diretamente atingidos pela barragem de Belo Monte apresentam taxas de homicídio que os situam entre os mais violentos do país.
Anapu, onde foi assassinada a freira norte americana, naturalizada brasileira, Dorothy Stang, e Vitória do Xingu, onde vai ser construída grande parte do canteiro da obra, estão na faixa dos 40% mais violentos municípios do país. Brasil Novo e Senador José Porfírio entre os 25%. Altamira, que já está recebendo e vai receber o maior fluxo migratório foi classificada na faixa dos 10% (entre 556 municípios), onde foram registradas as maiores taxas médias de homicídio (número de ocorrências por 100 mil habitantes) no triênio 2004-2006.
Juntos, estes cinco municípios possuem um policial para cada 608 habitantes (Altamira tem um para cada 419 habitantes, e Vitória do Xingu, um dos mais violentos do país, tem um policial para cada 2.384 habitantes).
O relatório do Ibama é minucioso ao descrever o caos já estabelecido na questão da superpopulação carcerária já existente, na falta de efetivo policial e despreparo do já existente; na significativa parcela da população sem instrução escolar em todos os municípios da região; da falta de estrutura da área da saúde; da grave questão do saneamento como falta de abastecimento de água, da falta de banheiro ou sanitário na maioria das residências, da falta de esgotamento sanitário, da deficiência no tratamento de resíduos sólidos, da inexistência de sistemas de drenagem de águas pluviais; entre outros problemas graves de infra estrutura na região.
quinta-feira, 4 de novembro de 2010
Sudeste da Amazônia pode virar savana se estiagens persistirem, alerta pesquisa
Uma sucessão de secas como a de 2010 seria capaz de transformar a porção sudeste da Amazônia em savana. A conclusão é de uma dupla de pesquisadores do Brasil e da Colômbia, que calculou pela primeira vez qual é a redução na quantidade de chuvas necessária para desestabilizar a floresta.
Como tudo o mais que envolve efeitos do aquecimento global sobre os ecossistemas, a conta não é simples e envolve várias interações. Mas Luis Fernando Salazar, da Universidade Industrial de Santander (na Colômbia), e Carlos Nobre, do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), estimam que reduções de precipitação de 35% no sudeste da Amazônia e de 40% no nordeste bastariam para ampliar a estação seca (o “verão” amazônico) para quatro meses, transformando a vegetação em savana.
Num cenário futuro de aquecimento da Terra, no qual as temperaturas médias amazônicas subissem 4ºC, tal redução de chuvas é perfeitamente plausível. Basta lembrar que as secas prolongadas de 2005 e deste ano viram reduções tão grandes ou maiores do que essas. “É como se no futuro o que aconteceu neste ano de 2010 passe a ser o padrão”, disse Nobre à Folha.
Efeito CO2 – Em um estudo publicado no periódico científico “Geophysical Research Letters”, a dupla de pesquisadores usa um modelo computacional de clima e vegetação e analisa a resposta da floresta a diferentes níveis de temperatura e precipitação. Mas, claro, num mundo aquecido não são apenas temperatura e chuva que variam: um dado que estudos do tipo ainda não haviam computado, é o efeito do CO2 a mais sobre a floresta.
O gás carbônico, como qualquer criança sabe, é fundamental para a fotossíntese. Ao mesmo tempo em que ajudam a esquentar o planeta, as emissões humanas do gás fertilizam as plantas.
O problema, conta Nobre, é que ninguém sabe qual é o efeito de fertilização do gás sobre a floresta amazônica.”O ponto de não-retorno depende do efeito de fertilização”, diz o pesquisador. “E os dados não nos permitem dizer que seja zero.”
Ele e Salazar, então, montaram três cenários de resposta da floresta: um com zero fertilização, outro no qual o efeito é 100% (também improvável) e um intermediário, com fertilização de 25%.
No cenário intermediário, o aumento de temperatura de 4ºC e uma redução de 35% nas chuvas transformariam todo o sudeste amazônico numa savana empobrecida. O efeito é máximo no sudeste (sul do Pará, Tocantins e Mato Grosso) e mínimo no noroeste (Amazonas). “Lá chove quatro metros por ano, se cair para dois metros ainda dá para sustentar uma floresta”, diz Carlos Nobre.
“Mesmo que a temperatura suba 7ºC, o efeito do CO2 compensaria esse aumento”, afirma o cientista.
Como tudo o mais que envolve efeitos do aquecimento global sobre os ecossistemas, a conta não é simples e envolve várias interações. Mas Luis Fernando Salazar, da Universidade Industrial de Santander (na Colômbia), e Carlos Nobre, do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), estimam que reduções de precipitação de 35% no sudeste da Amazônia e de 40% no nordeste bastariam para ampliar a estação seca (o “verão” amazônico) para quatro meses, transformando a vegetação em savana.
Num cenário futuro de aquecimento da Terra, no qual as temperaturas médias amazônicas subissem 4ºC, tal redução de chuvas é perfeitamente plausível. Basta lembrar que as secas prolongadas de 2005 e deste ano viram reduções tão grandes ou maiores do que essas. “É como se no futuro o que aconteceu neste ano de 2010 passe a ser o padrão”, disse Nobre à Folha.
Efeito CO2 – Em um estudo publicado no periódico científico “Geophysical Research Letters”, a dupla de pesquisadores usa um modelo computacional de clima e vegetação e analisa a resposta da floresta a diferentes níveis de temperatura e precipitação. Mas, claro, num mundo aquecido não são apenas temperatura e chuva que variam: um dado que estudos do tipo ainda não haviam computado, é o efeito do CO2 a mais sobre a floresta.
O gás carbônico, como qualquer criança sabe, é fundamental para a fotossíntese. Ao mesmo tempo em que ajudam a esquentar o planeta, as emissões humanas do gás fertilizam as plantas.
O problema, conta Nobre, é que ninguém sabe qual é o efeito de fertilização do gás sobre a floresta amazônica.”O ponto de não-retorno depende do efeito de fertilização”, diz o pesquisador. “E os dados não nos permitem dizer que seja zero.”
Ele e Salazar, então, montaram três cenários de resposta da floresta: um com zero fertilização, outro no qual o efeito é 100% (também improvável) e um intermediário, com fertilização de 25%.
No cenário intermediário, o aumento de temperatura de 4ºC e uma redução de 35% nas chuvas transformariam todo o sudeste amazônico numa savana empobrecida. O efeito é máximo no sudeste (sul do Pará, Tocantins e Mato Grosso) e mínimo no noroeste (Amazonas). “Lá chove quatro metros por ano, se cair para dois metros ainda dá para sustentar uma floresta”, diz Carlos Nobre.
“Mesmo que a temperatura suba 7ºC, o efeito do CO2 compensaria esse aumento”, afirma o cientista.
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
Meio Ambiente Nagoya cúpula de biodiversidade para 2010
cúpula de biodiversidade devem abordar os impactos destrutivos da produção de alimentos
delegados Nagoya necessidade de planejar como o mundo atinge a segurança alimentar, antes de chegar a pontos críticos de ecossistemas tombamento
Florestas no Brasil têm sido cortadas para dar lugar a culturas como a soja.
Governos de todo o mundo chegará em Nagoya, no Japão, na próxima semana para o nível ministerial de segmento alto da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB) de reunião. Sua tarefa é difícil. Mesmo modesta, o objectivo estabelecido em 2002, de reduzir a taxa de biodiversidade até 2010 a perda provou fora do alcance das estratégias atuais. Mas ao invés de torcer as mãos sobre a maré de perda de espécies que varreu o planeta, os delegados devem voltar sua atenção para a causa raiz do problema: as formas em que encontramos a nossa necessidade de alimento.
O que faz oferta de alimentos têm a ver com a conservação das espécies? Tudo. É um fator primordial para as cinco principais pressões que causam a perda de biodiversidade (mudança de habitat, sobreexploração, poluição, espécies invasoras e mudanças climáticas).
Enquanto a produção de alimentos depende da colheita generosidade da natureza, a produção de alimentos, muitas vezes degrada os ecossistemas muito depende. A Amazônia brasileira, por exemplo, fornece água e serviços essenciais que a regulação do clima do setor agrícola da região depende para sua sobrevivência. No entanto, um quinto da Amazônia brasileira tem sido desmatadas, principalmente por agricultores e pecuaristas.
Os delegados na conferência diante de um paradoxo. Aumentos dramáticos na produção de alimentos nos últimos 50 anos têm apoiado a melhorias significativas no bem-estar humano, mas ao mesmo tempo, têm diminuído a diversidade da Terra e da capacidade de prestação de serviços ambientais (incluindo peixes, alimentos, água doce, polinização, regulação e água).
A Amazônia, por exemplo, poderia chegar a um ponto devido ao desmatamento, onde se morre de volta e transforma-se, como a vegetação de savana. A redução das chuvas que assolam esforços para aumentar as colheitas e gado na região.
Somando-se ao crescimento da população, o desafio eo aumento da renda per capita são esperados para o dobro da demanda por alimentos nos próximos 40 anos, segundo a ONU, a comida eo chefe da agricultura, Jacques Diouf. Para conceber uma nova estratégia de sucesso para preservar a diversidade da vida na Terra, a CDB precisa dar um salto quântico em termos da sua parceria com os produtores de alimentos, alterar a forma como o mundo atinge a segurança alimentar, antes de atingir os ecossistemas dos pontos críticos de derrubada em face do que nunca crescente demanda por alimentos e mudanças climáticas.
A nova estratégia de biodiversidade mundial 2020 em discussão no Nagoya devem incidir em primeiro lugar na redução da pressão da produção de alimentos sobre a biodiversidade e os ecossistemas. Três estratégias-chave pode ajudar a atender o objetivo de maximizar o uso da terra existentes para minimizar a perda de alimentos e ecossistema mais.
• Recuperar áreas degradadas
Globalmente, mais de 1 bilhão de hectares de terra se acredita ter potencial de restauração. Restaurando mesmo uma parte pequena deste para a produção de alimentos contribuiria para reduzir a pressão sobre os ecossistemas naturais. Na Indonésia, por exemplo, o World Resources Institute (WRI) pretende desenvolver um modelo escalável para o desvio de óleo de palma novas plantações que poderiam substituir virgens florestas em terrenos degradados.
• Aumentar a produtividade em fazendas existentes
Embora a intensificação não imediatamente vêm à mente quando se pensa em conservação, é, no entanto, uma estratégia essencial para reduzir o estresse sobre os ecossistemas naturais. Precisamos implantar tecnologias comprovadas que utilizam os serviços do ecossistema muito mais eficiente, como novas variedades de sementes, irrigação por gotejamento, manejo integrado de pragas e na agricultura de conservação.
• Gerir a demanda por alimentos
Oportunidades de gestão da procura de alimentos incluem a promoção da utilização de proteínas vegetais sobre a carne, reduzindo o desperdício de alimentos - estimado em cerca de 40% dos alimentos produzidos nos Estados Unidos - e avançar os programas de certificação e outros tipos de incentivos para a produção sustentável de alimentos. Por exemplo, o Comércio Justo está pagando os agricultores afegãos quase o dobro da taxa indo para a prestação de passas que atendam a critérios ambientais, tais como o uso sustentável da água - e fazendo um negócio viável dele.
A proposta de plano estratégico 2011-2020 que os ministros vão discutir em Nagoya inclui algumas metas para enfrentar os impactos destrutivos da produção de alimentos - como a redução da poluição proveniente de gestão agrícola de nutrientes run-off e promoção do desenvolvimento sustentável. Mas um esforço muito maior e mais abrangente é necessária. Muito da estratégia leva um "remove-os impactos-se", uma receita para repetir a decepção de não cumprimento das metas de 2010 para reduzir a perda de biodiversidade.
Se, em 2050, o mundo comemora o sucesso na prestação de segurança alimentar e na navegação ecológica pontos de ruptura, será por causa da ingenuidade dos agricultores e ambientalistas, especialistas em agricultura e ambientalistas para encontrar formas de aprender e de agir em conjunto.
• Janet Ranganathan, é vice-presidente de ciência e pesquisa na WRI. Frances Irwin é um ex-associado em instituições da WRI e programa de governação
delegados Nagoya necessidade de planejar como o mundo atinge a segurança alimentar, antes de chegar a pontos críticos de ecossistemas tombamento
Florestas no Brasil têm sido cortadas para dar lugar a culturas como a soja.
Governos de todo o mundo chegará em Nagoya, no Japão, na próxima semana para o nível ministerial de segmento alto da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB) de reunião. Sua tarefa é difícil. Mesmo modesta, o objectivo estabelecido em 2002, de reduzir a taxa de biodiversidade até 2010 a perda provou fora do alcance das estratégias atuais. Mas ao invés de torcer as mãos sobre a maré de perda de espécies que varreu o planeta, os delegados devem voltar sua atenção para a causa raiz do problema: as formas em que encontramos a nossa necessidade de alimento.
O que faz oferta de alimentos têm a ver com a conservação das espécies? Tudo. É um fator primordial para as cinco principais pressões que causam a perda de biodiversidade (mudança de habitat, sobreexploração, poluição, espécies invasoras e mudanças climáticas).
Enquanto a produção de alimentos depende da colheita generosidade da natureza, a produção de alimentos, muitas vezes degrada os ecossistemas muito depende. A Amazônia brasileira, por exemplo, fornece água e serviços essenciais que a regulação do clima do setor agrícola da região depende para sua sobrevivência. No entanto, um quinto da Amazônia brasileira tem sido desmatadas, principalmente por agricultores e pecuaristas.
Os delegados na conferência diante de um paradoxo. Aumentos dramáticos na produção de alimentos nos últimos 50 anos têm apoiado a melhorias significativas no bem-estar humano, mas ao mesmo tempo, têm diminuído a diversidade da Terra e da capacidade de prestação de serviços ambientais (incluindo peixes, alimentos, água doce, polinização, regulação e água).
A Amazônia, por exemplo, poderia chegar a um ponto devido ao desmatamento, onde se morre de volta e transforma-se, como a vegetação de savana. A redução das chuvas que assolam esforços para aumentar as colheitas e gado na região.
Somando-se ao crescimento da população, o desafio eo aumento da renda per capita são esperados para o dobro da demanda por alimentos nos próximos 40 anos, segundo a ONU, a comida eo chefe da agricultura, Jacques Diouf. Para conceber uma nova estratégia de sucesso para preservar a diversidade da vida na Terra, a CDB precisa dar um salto quântico em termos da sua parceria com os produtores de alimentos, alterar a forma como o mundo atinge a segurança alimentar, antes de atingir os ecossistemas dos pontos críticos de derrubada em face do que nunca crescente demanda por alimentos e mudanças climáticas.
A nova estratégia de biodiversidade mundial 2020 em discussão no Nagoya devem incidir em primeiro lugar na redução da pressão da produção de alimentos sobre a biodiversidade e os ecossistemas. Três estratégias-chave pode ajudar a atender o objetivo de maximizar o uso da terra existentes para minimizar a perda de alimentos e ecossistema mais.
• Recuperar áreas degradadas
Globalmente, mais de 1 bilhão de hectares de terra se acredita ter potencial de restauração. Restaurando mesmo uma parte pequena deste para a produção de alimentos contribuiria para reduzir a pressão sobre os ecossistemas naturais. Na Indonésia, por exemplo, o World Resources Institute (WRI) pretende desenvolver um modelo escalável para o desvio de óleo de palma novas plantações que poderiam substituir virgens florestas em terrenos degradados.
• Aumentar a produtividade em fazendas existentes
Embora a intensificação não imediatamente vêm à mente quando se pensa em conservação, é, no entanto, uma estratégia essencial para reduzir o estresse sobre os ecossistemas naturais. Precisamos implantar tecnologias comprovadas que utilizam os serviços do ecossistema muito mais eficiente, como novas variedades de sementes, irrigação por gotejamento, manejo integrado de pragas e na agricultura de conservação.
• Gerir a demanda por alimentos
Oportunidades de gestão da procura de alimentos incluem a promoção da utilização de proteínas vegetais sobre a carne, reduzindo o desperdício de alimentos - estimado em cerca de 40% dos alimentos produzidos nos Estados Unidos - e avançar os programas de certificação e outros tipos de incentivos para a produção sustentável de alimentos. Por exemplo, o Comércio Justo está pagando os agricultores afegãos quase o dobro da taxa indo para a prestação de passas que atendam a critérios ambientais, tais como o uso sustentável da água - e fazendo um negócio viável dele.
A proposta de plano estratégico 2011-2020 que os ministros vão discutir em Nagoya inclui algumas metas para enfrentar os impactos destrutivos da produção de alimentos - como a redução da poluição proveniente de gestão agrícola de nutrientes run-off e promoção do desenvolvimento sustentável. Mas um esforço muito maior e mais abrangente é necessária. Muito da estratégia leva um "remove-os impactos-se", uma receita para repetir a decepção de não cumprimento das metas de 2010 para reduzir a perda de biodiversidade.
Se, em 2050, o mundo comemora o sucesso na prestação de segurança alimentar e na navegação ecológica pontos de ruptura, será por causa da ingenuidade dos agricultores e ambientalistas, especialistas em agricultura e ambientalistas para encontrar formas de aprender e de agir em conjunto.
• Janet Ranganathan, é vice-presidente de ciência e pesquisa na WRI. Frances Irwin é um ex-associado em instituições da WRI e programa de governação
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
Brasil se prepara para leiloar grandes pedaços da Amazônia para empresas madeireiras.
Pode parecer chocante, mas de acordo com relatórios pela Reuters, o Brasil se prepara para leiloar grandes pedaços da Amazônia para empresas madeireiras. No final do ano 2,47 milhões de hectares de florestas vão sob gestão privada, com 27 milhões de hectares privada controlada dentro de cinco anos - que é uma área do tamanho da Virgínia.
Atualmente, apenas 370 mil hectares são alocados para concessões madeireiras privadas. os povos indígenas têm sido atribuídos 47 milhões de hectares, com os camponeses reassentados sendo concedido 21 milhões.
A coisa toda está sendo feito em nome do combate ao desmatamento e mudanças climáticas - de acordo com o chefe do Nacional do Brasil do Serviço Florestal, "O futuro da Amazônia ... é fortalecer a gestão florestal, não vejo outra solução.. "
Embora as taxas de desmatamento vêm caindo na Amazônia, extração ilegal de madeira e desmatamento para a agricultura é muito difícil de aplicar, razão pela qual o Serviço Florestal considera que a gestão privada das florestas pode fazer um trabalho melhor.
E o diabo é decididamente nos detalhes.
Em primeiro lugar, o acompanhamento ea transparência das explorações de madeira é essencial, bem como envolver as partes interessadas da comunidade - tanto dos que foram prometidos, mas só a prática vai ver como isso funciona realmente. São as concessões de madeira vai ser gerido no âmbito de um programa de certificação reconhecido e comprovadamente bem-sucedida? Nem todos são iguais, ou seja Forest Stewardship Council florestas em relação ao Sustainable Forestry Initiative.
Em segundo lugar, há a questão da privatização dos recursos públicos, o que (talvez surpreendente para uma platéia repleta de políticos dos EUA divide) foi criada por políticos conservadores brasileiros quando maiores concessões florestais foram empurrados em 2003.
Compreendendo a necessidade real de expediente para retardar e impedir o desmatamento - mas tendo em mente que as recentes intensificados os esforços de aplicação aparentemente estão trabalhando juntos - não privatização de um bem comum, apenas reforçam a mentalidade pequena de auto-interessada, que leva as pessoas a saia da margem da lei, ou flagrantemente violam, em primeiro lugar? Ele reforça a noção de que as florestas são apenas commodities, cujo valor é definido apenas economicamente e não intrinsecamente.
Tenha em mente que, apesar de subsistência de corte-e-queima a agricultura, historicamente foi o principal motor do desmatamento, (com a sua crescente demanda de recursos) e da agricultura nas exportações são as principais causas.
Nenhum dos dois, o que significa que algum equilíbrio não pode ser alcançado, com a preservação da floresta priorizados, apenas que existem algumas questões muito grande práticos e conceituais em jogo.
Atualmente, apenas 370 mil hectares são alocados para concessões madeireiras privadas. os povos indígenas têm sido atribuídos 47 milhões de hectares, com os camponeses reassentados sendo concedido 21 milhões.
A coisa toda está sendo feito em nome do combate ao desmatamento e mudanças climáticas - de acordo com o chefe do Nacional do Brasil do Serviço Florestal, "O futuro da Amazônia ... é fortalecer a gestão florestal, não vejo outra solução.. "
Embora as taxas de desmatamento vêm caindo na Amazônia, extração ilegal de madeira e desmatamento para a agricultura é muito difícil de aplicar, razão pela qual o Serviço Florestal considera que a gestão privada das florestas pode fazer um trabalho melhor.
E o diabo é decididamente nos detalhes.
Em primeiro lugar, o acompanhamento ea transparência das explorações de madeira é essencial, bem como envolver as partes interessadas da comunidade - tanto dos que foram prometidos, mas só a prática vai ver como isso funciona realmente. São as concessões de madeira vai ser gerido no âmbito de um programa de certificação reconhecido e comprovadamente bem-sucedida? Nem todos são iguais, ou seja Forest Stewardship Council florestas em relação ao Sustainable Forestry Initiative.
Em segundo lugar, há a questão da privatização dos recursos públicos, o que (talvez surpreendente para uma platéia repleta de políticos dos EUA divide) foi criada por políticos conservadores brasileiros quando maiores concessões florestais foram empurrados em 2003.
Compreendendo a necessidade real de expediente para retardar e impedir o desmatamento - mas tendo em mente que as recentes intensificados os esforços de aplicação aparentemente estão trabalhando juntos - não privatização de um bem comum, apenas reforçam a mentalidade pequena de auto-interessada, que leva as pessoas a saia da margem da lei, ou flagrantemente violam, em primeiro lugar? Ele reforça a noção de que as florestas são apenas commodities, cujo valor é definido apenas economicamente e não intrinsecamente.
Tenha em mente que, apesar de subsistência de corte-e-queima a agricultura, historicamente foi o principal motor do desmatamento, (com a sua crescente demanda de recursos) e da agricultura nas exportações são as principais causas.
Nenhum dos dois, o que significa que algum equilíbrio não pode ser alcançado, com a preservação da floresta priorizados, apenas que existem algumas questões muito grande práticos e conceituais em jogo.
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
Hidrelétricas no Teles Pires podem tirar vida do rio, diz especialista
Um dos impactos da possível construção de seis hidrelétricas no rio Teles Pires é a extinção dos chamados peixes reofílicos, ou seja, os peixes de correnteza, é o que diz o professor do departamento de botânica e ecologia do Instituto de Biociências da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Francisco de Arruda Machado, conhecido como Chico Peixe. Ele diz que com a construção de barragens os peixes migradores tendem a desaparecer, pois se perdem nas áreas alagadas.
“Muito se questiona sobre queimadas e desmatamento, mas nunca se contabilizam os prejuízos do desmatamento por afogamento de matas”, diz Francisco. “Isso também é nocivo para o fluxo migratório de espécies de correnteza, pois as ovas precisam de água corrente para nascer, do contrário, se perdem nas lagoas formadas ao redor da barragem e apodrecem”, explica.
No último dia 5, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) recebeu os estudos de impacto ambiental (EIA/Rima) da Usina Hidrelétrica de Teles Pires e a partir de agora será dado inicio à análise técnica do mérito.
No relatório, os técnicos também fazem menção ao problema envolvendo os peixes: “pode-se citar a alteração do regime fluvial e a interferência sobre o processo migratório de peixes, que se agrava conforme a passagem do barramento, do mais a jusante ao mais a montante, alterando as condições originais de rio e provocando a sobrevivência de espécies distintas daquelas inicialmente ocorrentes”. Para Francisco é uma pena, uma vez que as características do Teles Pires o colocam entre os rios mais piscosos que existem.
As usinas serão construídas em seis localidades ao longo do rio Teles Pires: Sinop, Colíder, Salto Magessi, São Manoel e Foz do Apiacás. Os reservatórios terão 152 quilômetros quadrados de área total, podendo gerar até 1.820 MW de energia, de acordo com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE).
Para o professor da UFMT, os prejuízos com as barragens não compensam a energia gerada. “O que a gente precisa se perguntar é: precisamos de toda essa energia? Se olharmos no site da Aneel vamos ver que existe uma sobra muito grande de energia no país, no entanto, estamos tratando geração de energia como um comércio, e isso não é justo para as comunidades ribeirinhas e tradicionais que sobrevivem do rio”.
“Muito se questiona sobre queimadas e desmatamento, mas nunca se contabilizam os prejuízos do desmatamento por afogamento de matas”, diz Francisco. “Isso também é nocivo para o fluxo migratório de espécies de correnteza, pois as ovas precisam de água corrente para nascer, do contrário, se perdem nas lagoas formadas ao redor da barragem e apodrecem”, explica.
No último dia 5, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) recebeu os estudos de impacto ambiental (EIA/Rima) da Usina Hidrelétrica de Teles Pires e a partir de agora será dado inicio à análise técnica do mérito.
No relatório, os técnicos também fazem menção ao problema envolvendo os peixes: “pode-se citar a alteração do regime fluvial e a interferência sobre o processo migratório de peixes, que se agrava conforme a passagem do barramento, do mais a jusante ao mais a montante, alterando as condições originais de rio e provocando a sobrevivência de espécies distintas daquelas inicialmente ocorrentes”. Para Francisco é uma pena, uma vez que as características do Teles Pires o colocam entre os rios mais piscosos que existem.
As usinas serão construídas em seis localidades ao longo do rio Teles Pires: Sinop, Colíder, Salto Magessi, São Manoel e Foz do Apiacás. Os reservatórios terão 152 quilômetros quadrados de área total, podendo gerar até 1.820 MW de energia, de acordo com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE).
Para o professor da UFMT, os prejuízos com as barragens não compensam a energia gerada. “O que a gente precisa se perguntar é: precisamos de toda essa energia? Se olharmos no site da Aneel vamos ver que existe uma sobra muito grande de energia no país, no entanto, estamos tratando geração de energia como um comércio, e isso não é justo para as comunidades ribeirinhas e tradicionais que sobrevivem do rio”.
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
O impacto humano sobre os rios do mundo "ameaça a segurança da água de 5 bilhões '
Estudo sobre o efeito de todas as intervenções humanas sobre o abastecimento de água encontra a segurança da água e da biodiversidade severamente danificado
Quase 80% dos rios do mundo são tão afectados pela pegada ecológica da humanidade que a água de segurança de quase 5 bilhões de pessoas, ea sobrevivência de milhares de espécies aquáticas, são ameaçados, os cientistas advertiram hoje.
O estudo global juntos por instituições de todo o mundo é o primeiro a olhar simultaneamente em todos os tipos de intervenção humana - a partir de barragens e represas para irrigação e poluição - em água doce. Ele pinta um quadro devastador de um mundo cujos rios estão em sério declínio. Enquanto os países em desenvolvimento sofrem ameaças para a segurança da água e da biodiversidade - especialmente na África e na Ásia Central -, os autores disseram que ficaram surpresos com o nível de ameaça à vida selvagem nos países ricos.
"O que fez a nossa gota mandíbulas é que alguns dos mais altos níveis de ameaça no mundo estão nos Estados Unidos e Europa", diz o professor Peter McIntyre, um dos principais autores do estudo, que começou a trabalhar no projeto como um companheiro de Smith, da Universidade de Michigan. "Os americanos tendem a pensar os problemas de poluição da água são muito bem sob controle, mas ainda enfrentamos desafios enormes." Alguns dos piores ameaças às espécies aquáticas em os EUA estão nos estados do sudeste, incluindo o rio Mississippi.
Prof Charles Vörösmarty da City University de Nova York, autor e especialista em água global, disse que o impacto sobre a vida selvagem nos países desenvolvidos foi o resultado de sistemas fluviais que havia sido projetado e fortemente alterada pelo homem.
"Com toda a proteção que a UE tem em vigor para os cursos de água, foi surpreendente ver que era um ponto de acesso para a perda de biodiversidade. Mas por muito tempo os europeus têm alterado as suas paisagens, incluindo a remoção de 90% das zonas húmidas e planícies aluviais, que são partes essenciais dos ecossistemas fluviais ", disse ele.
Publicado na revista Nature de hoje, a equipe internacional por trás do relatório olhou para conjuntos de dados para produzir um mapa de como 23 diferentes influências humanas - tais como represas, a introdução de peixes não-nativas exóticas e poluição - afetam a segurança da água e da biodiversidade. Estudos anteriores têm tendência a olhar apenas uma influência de cada vez.
Mesmo no mundo dos grandes rios, como o Yangtze, o Nilo eo Ganges, estão sofrendo graves biodiversidade e estresse segurança da água, o mapa mostra. Apesar de seu tamanho, mais de 30 dos 47 maiores rios apresentaram pelo menos ameaças moderadas a segurança da água, devido a uma série de impactos humanos tais como poluição e de extracção de água para irrigação.
Mesmo na Amazônia, que é considerado relativamente intocada, ainda tem as impressões digitais humanas sobre ele, disse Vörösmarty. "Enquanto a Amazônia está em boa forma geral, nas regiões a montante como o Peru, existem muitas áreas alta densidade de pessoas que injetam ameaça para o sistema. O legado que ameaça humana passa a jusante em áreas remotas de floresta do rio. "
Globalmente, entre 10.000 e 20.000 espécies selvagens aquáticas estão em risco de extinção ou rosto por causa da degradação humana dos rios global, disse o relatório.
O mundo, pelo menos rios afetados, os autores encontraram, eram as pessoas mais afastadas zonas povoadas, tais como partes remotas dos trópicos, Sibéria e outros locais nas regiões polares.
Vörösmarty disse que espera que o relatório destaca a necessidade de combater as causas da degradação dos rios. "Estamos gastando trilhões de dólares dos EUA para resolver um problema que nós criamos no primeiro lugar. É muito mais barato para tratar as causas e não os sintomas, que é o que fazemos no mundo desenvolvido de hoje", disse ele.
No Reino Unido, os rios foram ficando mais limpo durante a última década. Mas um relatório do Reino Unido, a Agência do Ambiente no ano passado admitiu apenas cinco dos 6.114 rios na Inglaterra e País de Gales são consideradas puras e três quartos eram tão poluídas que são susceptíveis de falhar novos padrões de qualidade europeus.
Quase 80% dos rios do mundo são tão afectados pela pegada ecológica da humanidade que a água de segurança de quase 5 bilhões de pessoas, ea sobrevivência de milhares de espécies aquáticas, são ameaçados, os cientistas advertiram hoje.
O estudo global juntos por instituições de todo o mundo é o primeiro a olhar simultaneamente em todos os tipos de intervenção humana - a partir de barragens e represas para irrigação e poluição - em água doce. Ele pinta um quadro devastador de um mundo cujos rios estão em sério declínio. Enquanto os países em desenvolvimento sofrem ameaças para a segurança da água e da biodiversidade - especialmente na África e na Ásia Central -, os autores disseram que ficaram surpresos com o nível de ameaça à vida selvagem nos países ricos.
"O que fez a nossa gota mandíbulas é que alguns dos mais altos níveis de ameaça no mundo estão nos Estados Unidos e Europa", diz o professor Peter McIntyre, um dos principais autores do estudo, que começou a trabalhar no projeto como um companheiro de Smith, da Universidade de Michigan. "Os americanos tendem a pensar os problemas de poluição da água são muito bem sob controle, mas ainda enfrentamos desafios enormes." Alguns dos piores ameaças às espécies aquáticas em os EUA estão nos estados do sudeste, incluindo o rio Mississippi.
Prof Charles Vörösmarty da City University de Nova York, autor e especialista em água global, disse que o impacto sobre a vida selvagem nos países desenvolvidos foi o resultado de sistemas fluviais que havia sido projetado e fortemente alterada pelo homem.
"Com toda a proteção que a UE tem em vigor para os cursos de água, foi surpreendente ver que era um ponto de acesso para a perda de biodiversidade. Mas por muito tempo os europeus têm alterado as suas paisagens, incluindo a remoção de 90% das zonas húmidas e planícies aluviais, que são partes essenciais dos ecossistemas fluviais ", disse ele.
Publicado na revista Nature de hoje, a equipe internacional por trás do relatório olhou para conjuntos de dados para produzir um mapa de como 23 diferentes influências humanas - tais como represas, a introdução de peixes não-nativas exóticas e poluição - afetam a segurança da água e da biodiversidade. Estudos anteriores têm tendência a olhar apenas uma influência de cada vez.
Mesmo no mundo dos grandes rios, como o Yangtze, o Nilo eo Ganges, estão sofrendo graves biodiversidade e estresse segurança da água, o mapa mostra. Apesar de seu tamanho, mais de 30 dos 47 maiores rios apresentaram pelo menos ameaças moderadas a segurança da água, devido a uma série de impactos humanos tais como poluição e de extracção de água para irrigação.
Mesmo na Amazônia, que é considerado relativamente intocada, ainda tem as impressões digitais humanas sobre ele, disse Vörösmarty. "Enquanto a Amazônia está em boa forma geral, nas regiões a montante como o Peru, existem muitas áreas alta densidade de pessoas que injetam ameaça para o sistema. O legado que ameaça humana passa a jusante em áreas remotas de floresta do rio. "
Globalmente, entre 10.000 e 20.000 espécies selvagens aquáticas estão em risco de extinção ou rosto por causa da degradação humana dos rios global, disse o relatório.
O mundo, pelo menos rios afetados, os autores encontraram, eram as pessoas mais afastadas zonas povoadas, tais como partes remotas dos trópicos, Sibéria e outros locais nas regiões polares.
Vörösmarty disse que espera que o relatório destaca a necessidade de combater as causas da degradação dos rios. "Estamos gastando trilhões de dólares dos EUA para resolver um problema que nós criamos no primeiro lugar. É muito mais barato para tratar as causas e não os sintomas, que é o que fazemos no mundo desenvolvido de hoje", disse ele.
No Reino Unido, os rios foram ficando mais limpo durante a última década. Mas um relatório do Reino Unido, a Agência do Ambiente no ano passado admitiu apenas cinco dos 6.114 rios na Inglaterra e País de Gales são consideradas puras e três quartos eram tão poluídas que são susceptíveis de falhar novos padrões de qualidade europeus.
extinção em massa amplia: 22 % das plantas ameaçadas do mundo
advertências científicas de que o mundo está em meio a uma extinção em massa foram reforçadas hoje com o lançamento de um novo estudo que mostra um pouco mais de um quinto das plantas conhecidas no mundo estão ameaçadas de extinção, níveis comparáveis aos dos mamíferos do planeta e maior do que pássaros. Ministrado pelo Royal Botanic Gardens, Kew, o Museu de História Natural, em Londres, e da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), o estudo é a primeira vez que pesquisadores têm destacado o nível de ameaça completo para espécies do mundo vegetal. A fim de estimar os níveis de ameaça global, os pesquisadores criaram um índice Sampled Lista Vermelha de Plantas, analisando 7.000 espécies representativas, incluindo as plantas comuns e raras.
"Este estudo confirma o que já suspeitava, que as plantas estão sob ameaça ea causa principal é a perda do habitat provocada pelo homem", Stephen Hopper, o diretor do Royal Botanic Gardens, Kew, disse em um comunicado. "A fim de responder a perguntas cruciais como a rapidez com que estamos perdendo espécies e por quê, eo que podemos fazer sobre isso, precisamos estabelecer uma base para que tenhamos algo contra o qual a medida de alteração. Amostrados Índice da Lista Vermelha das Plantas faz exatamente isso, avaliando uma amostra grande de espécies de plantas que são coletivamente representativas de todas as plantas do mundo. "
Não surpreendentemente, os investigadores descobriram que as plantas tropicais são os mais ameaçados de florestas tropicais que compõem o habitat mais ameaçadas de extinção. Dos grupos de plantas do mundo, coníferas e cicadáceas que compõem as gimnospermas, foram as mais ameaçadas. A perda de habitat, devido em grande parte pela agricultura e pecuária, provou ser a mais grave ameaça para as espécies de plantas do mundo.
A lista, coordenado pelo Instituto de Zoologia da Sociedade Zoológica de Londres (ZSL), é uma resposta direta para o Ano Internacional da Biodiversidade e da Biodiversidade 2010, que apresentou a meta de conter a perda de biodiversidade até este ano . No entanto, as autoridades admitem abertamente que os países falharam na sua meta. Nações devem se reunir em meados de Outubro, em Naguya, Japão para discutir o que vem a seguir. Quase todas as nações do mundo estão por trás do tratado de esperar uma notável ausência: os EUA assinaram o tratado, mas não conseguiram ratificá-lo no Congresso.
"A meta de biodiversidade até 2020, que será discutido em Nagoya é ambicioso, mas em um momento de crescente perda de biodiversidade é totalmente apropriado para redobrar os nossos esforços. [...] Nós não podemos sentar e ver espécies de plantas desaparecem, as plantas são a base de toda a vida na Terra, fornecendo ar limpo, água, alimentos e combustível ", acrescentou Hopper. Na priorização de espécies ameaçadas de extinção, as plantas têm sido muitas vezes ofuscados por mais 'popular' carismático aves e mamíferos, mas ecologicamente plantas sustentam os ecossistemas do mundo.
As plantas também têm à humanidade com muitos medicamentos que salvam vidas, incluindo o quinino, aspirina, morfina, assim como o cancro e as drogas que combatem o HIV. Apesar de tais descobertas a grande maioria das plantas não está testada para possíveis benefícios medicinais: um estudo em 1996 revelou que menos de um por cento de plantas em florestas tropicais tinham sido testados. Muitos já podem ser perdidos para a extinção.
Além da constatação de que cerca de 20 por cento das plantas do mundo estão ameaçadas de extinção, o estudo também determinou que os cientistas sabem muito pouco sobre 33 por cento das plantas do mundo até mesmo para fazer uma avaliação do seu nível de ameaça.
"O trabalho neste relatório nos levou vários anos para ser concluído e é com base em avaliações muito cuidado de milhares de espécies em todo o mundo por centenas de cientistas. Pela primeira vez temos dados confiáveis sobre os tipos de plantas são os mais ameaçados, onde e porquê. Não teria sido possível sem os modernos desenvolvimentos em computadores e imagens de satélite: qualquer um pode ver a extensão da conversão do habitat com o Google Earth, mas nosso relatório refere que este estatuto das espécies individuais em todo o mundo e mostra claramente a profundidade da biodiversidade crise que enfrentamos ", diz o Dr. Neil Brummitt, chefe do Índice Lista Vermelha de Plantas provada no Natural History Museum, em Londres.
Ninguém sabe como muitas espécies de plantas existentes no mundo como todos os anos traz à tona novas espécies (2.080 novas unidades foram descobertos apenas em 2008). No entanto, os especialistas estimam que as espécies vegetais provavelmente por volta de número 380.000. Em contraste com os cientistas descreveram 5.490 mamíferos, que são muito mais conhecido do que plantas.
A taxa mundial de extinção está estimada em 100 a 1.000 vezes maior do que a taxa de extinção de fundo (isto é, média taxa de extinção, conforme determinado pelo estudo de fósseis), levando-os para avisar de uma extinção em massa que poderia rivalizar com o cometa que destruiu os dinossauros.
"Este estudo confirma o que já suspeitava, que as plantas estão sob ameaça ea causa principal é a perda do habitat provocada pelo homem", Stephen Hopper, o diretor do Royal Botanic Gardens, Kew, disse em um comunicado. "A fim de responder a perguntas cruciais como a rapidez com que estamos perdendo espécies e por quê, eo que podemos fazer sobre isso, precisamos estabelecer uma base para que tenhamos algo contra o qual a medida de alteração. Amostrados Índice da Lista Vermelha das Plantas faz exatamente isso, avaliando uma amostra grande de espécies de plantas que são coletivamente representativas de todas as plantas do mundo. "
Não surpreendentemente, os investigadores descobriram que as plantas tropicais são os mais ameaçados de florestas tropicais que compõem o habitat mais ameaçadas de extinção. Dos grupos de plantas do mundo, coníferas e cicadáceas que compõem as gimnospermas, foram as mais ameaçadas. A perda de habitat, devido em grande parte pela agricultura e pecuária, provou ser a mais grave ameaça para as espécies de plantas do mundo.
A lista, coordenado pelo Instituto de Zoologia da Sociedade Zoológica de Londres (ZSL), é uma resposta direta para o Ano Internacional da Biodiversidade e da Biodiversidade 2010, que apresentou a meta de conter a perda de biodiversidade até este ano . No entanto, as autoridades admitem abertamente que os países falharam na sua meta. Nações devem se reunir em meados de Outubro, em Naguya, Japão para discutir o que vem a seguir. Quase todas as nações do mundo estão por trás do tratado de esperar uma notável ausência: os EUA assinaram o tratado, mas não conseguiram ratificá-lo no Congresso.
"A meta de biodiversidade até 2020, que será discutido em Nagoya é ambicioso, mas em um momento de crescente perda de biodiversidade é totalmente apropriado para redobrar os nossos esforços. [...] Nós não podemos sentar e ver espécies de plantas desaparecem, as plantas são a base de toda a vida na Terra, fornecendo ar limpo, água, alimentos e combustível ", acrescentou Hopper. Na priorização de espécies ameaçadas de extinção, as plantas têm sido muitas vezes ofuscados por mais 'popular' carismático aves e mamíferos, mas ecologicamente plantas sustentam os ecossistemas do mundo.
As plantas também têm à humanidade com muitos medicamentos que salvam vidas, incluindo o quinino, aspirina, morfina, assim como o cancro e as drogas que combatem o HIV. Apesar de tais descobertas a grande maioria das plantas não está testada para possíveis benefícios medicinais: um estudo em 1996 revelou que menos de um por cento de plantas em florestas tropicais tinham sido testados. Muitos já podem ser perdidos para a extinção.
Além da constatação de que cerca de 20 por cento das plantas do mundo estão ameaçadas de extinção, o estudo também determinou que os cientistas sabem muito pouco sobre 33 por cento das plantas do mundo até mesmo para fazer uma avaliação do seu nível de ameaça.
"O trabalho neste relatório nos levou vários anos para ser concluído e é com base em avaliações muito cuidado de milhares de espécies em todo o mundo por centenas de cientistas. Pela primeira vez temos dados confiáveis sobre os tipos de plantas são os mais ameaçados, onde e porquê. Não teria sido possível sem os modernos desenvolvimentos em computadores e imagens de satélite: qualquer um pode ver a extensão da conversão do habitat com o Google Earth, mas nosso relatório refere que este estatuto das espécies individuais em todo o mundo e mostra claramente a profundidade da biodiversidade crise que enfrentamos ", diz o Dr. Neil Brummitt, chefe do Índice Lista Vermelha de Plantas provada no Natural History Museum, em Londres.
Ninguém sabe como muitas espécies de plantas existentes no mundo como todos os anos traz à tona novas espécies (2.080 novas unidades foram descobertos apenas em 2008). No entanto, os especialistas estimam que as espécies vegetais provavelmente por volta de número 380.000. Em contraste com os cientistas descreveram 5.490 mamíferos, que são muito mais conhecido do que plantas.
A taxa mundial de extinção está estimada em 100 a 1.000 vezes maior do que a taxa de extinção de fundo (isto é, média taxa de extinção, conforme determinado pelo estudo de fósseis), levando-os para avisar de uma extinção em massa que poderia rivalizar com o cometa que destruiu os dinossauros.
terça-feira, 28 de setembro de 2010
O corte de árvores diminui neve no Monte Kilimanjaro
Cientistas da Universidade de Portsmouth, Inglaterra, indica em estudo que a agressiva queda de árvores que ocorre no Monte Kilimanjaro, ponto mais alto da África, localizado na Tanzânia, pode ser uma das causas para o sumiço da camada de neve da montanha. As informações são do site da revista New Scientist.
O gelo no Kilimanjaro diminuiu para 15% do que havia em 1912. Considerado um símbolo das mudanças climáticas, há diversos motivos, além das quedas de árvores, que contribuem para o para o sumiço da neve. Um exemplo é o ar da região que ficou mais seco, o que diminui o bloqueio da radiação solar e derrete mais rapidamente a neve.
A pesquisa teve início em 2004, com as análises ocorrendo até 2008 e a finalização e divulgação em 2010. Foram analisados dados como temperatura e umidade em 10 regiões de diferentes alturas da montanha. As árvores têm muita importância no local, pois providenciam umidade por meio da transpiração. Com a queda de muitas árvores, os níveis de umidade diminuíram bastante, fazendo a camada de neve sumir.
O gelo no Kilimanjaro diminuiu para 15% do que havia em 1912. Considerado um símbolo das mudanças climáticas, há diversos motivos, além das quedas de árvores, que contribuem para o para o sumiço da neve. Um exemplo é o ar da região que ficou mais seco, o que diminui o bloqueio da radiação solar e derrete mais rapidamente a neve.
A pesquisa teve início em 2004, com as análises ocorrendo até 2008 e a finalização e divulgação em 2010. Foram analisados dados como temperatura e umidade em 10 regiões de diferentes alturas da montanha. As árvores têm muita importância no local, pois providenciam umidade por meio da transpiração. Com a queda de muitas árvores, os níveis de umidade diminuíram bastante, fazendo a camada de neve sumir.
China tem a cidade mais poluída do mundo
A cidade mais contaminada do mundo se chama Linfen e está na China. O ar que respiram seus habitantes equivale a fumar três maços de cigarros ao dia.
O local é o centro mundial do carvão, do que depende 80% da energia consumida no país. O ranking das 10 cidades mais poluídas do mundo foi elaborado pela Blacksmith Institute, organização ambientalista internacional.
A poluição cria uma nuvem espessa que dificulta a visibilidade. As centenas de caminhões que atravessam a cidade diariamente geram tanta poeira que atrapalham inclusive a visão do sol. O ar é praticamente irrespirável em Linfen.
Segundo o Greenpeace, a China produz tantas cinzas tóxicas de carvão que seria capaz de encher uma piscina olímpica a cada dois minutos e meio.
O local é o centro mundial do carvão, do que depende 80% da energia consumida no país. O ranking das 10 cidades mais poluídas do mundo foi elaborado pela Blacksmith Institute, organização ambientalista internacional.
A poluição cria uma nuvem espessa que dificulta a visibilidade. As centenas de caminhões que atravessam a cidade diariamente geram tanta poeira que atrapalham inclusive a visão do sol. O ar é praticamente irrespirável em Linfen.
Segundo o Greenpeace, a China produz tantas cinzas tóxicas de carvão que seria capaz de encher uma piscina olímpica a cada dois minutos e meio.
terça-feira, 21 de setembro de 2010
áreas protegidas no Brasil
Novas áreas protegidas no Brasil contribuiu para uma queda substancial na taxa de desmatamento na Amazônia
As áreas protegidas na Amazônia brasileira estão provando ser altamente eficaz na redução da perda de floresta na maior floresta tropical do mundo, relata um novo estudo que analisa as tendências do desmatamento e em torno de terras indígenas, parques, explorações militares reservas de uso sustentável.
A pesquisa, publicada na primeira edição dos Anais da Academia Nacional das Ciências (Proceedings of National Academy of Sciences), constatou que 37 por cento da recente queda no desmatamento na Amazônia brasileira pode ser atribuído às áreas protegidas recém-criada . Entre 2002 e 2009, o Brasil incluiu um número estimado de 709 mil quilômetros quadrados de floresta amazônica - uma área maior do que o estado do Texas - em seu Programa de Áreas Protegidas da Amazônia (ARPA). Enquanto isso, o desmatamento na Amazônia brasileira caiu quase três quartos, entre 2004 e 2009.
O documento - escrito e co-autoria de 12 pesquisadores de cinco instituições no Brasil e nos Estados Unidos - concluiu-se que 115 das 206 áreas protegidas criadas desde 1999 estão se tornando mais eficaz na redução do desmatamento, clareiras da floresta sem deslocamento das áreas desprotegidas (um conceito conhecido como "fuga"). Os resultados indicam que as áreas sob proteção no Brasil são recentes, em vez de "parques de papel" - reserva que são tão ineficazes que parecem existir apenas no papel. Apurou-se que as reservas indígenas são áreas protegidas como mais eficaz na redução do desmatamento.
Com o ambicioso plano do governo brasileiro em mente, para reduzir a taxa de desmatamento anual de 80 por cento em 2020, a partir de uma base histórica de 19.500 quilômetros quadrados por ano, os autores estimam que a área protegida, estabelecida entre 2003 e 2008, reduziu 180000-360000 quilômetros quadrados de desmatamento de florestas tropicais até 2050, evitando a emissão de 2,2-4400000000 toneladas métricas de carbono. Adicionando a 127 mil km2 de novas áreas protegidas a ser instituído pelo ARPA, os autores dizem que o programa pode reduzir as emissões de carbono em cinco bilhões de toneladas métricas em 2050, ou aproximadamente 16% dos atuais emissões anuais vem atividades humanas.
Mas o programa de conservação implica custos económicos significativos em termos de gestão de áreas protegidas, bem como as atividades que não fazem os madeireiros, pecuaristas e agricultores. O custo de manter o potencial de armazenamento de carbono e produtividade biológica da floresta, através da ARPA, serão cerca de US $ 150 bilhões nos próximos 30 anos, o estudo estima.
No entanto, embora o preço parece alto, acaba por ser de US $ 5,40 por tonelada de carbono - muito mais barato do que a maioria das abordagens de redução de emissões, as abordagens que podem ser obtidos facilmente. Assim, os autores argumentam que o REDD - um mecanismo proposto para mitigar as alterações climáticas, através da qual os países industrializados compensar as nações tropicais para reduzir o desmatamento - pode ajudar a pagar o programa de áreas protegidas.
"Os investimentos na redução de 23/09 [bilhões de toneladas] das emissões de CO2, a emissão é esperado nos próximos 30 anos, o que equivaleria a E.U. $ 1927-1984000000000 se não houvesse áreas protegidas", escrevem eles. "Com o pagamento anual, que representam 1% do investimento global atual em energia limpa (E.U. $ 148400000000), a redução das emissões da Amazônia protegida montante áreas de redução de 10% das emissões de desmatamento em todo o mundo mas seria mais eficaz em termos de custo ".
Os pesquisadores observam que os custos econômicos do programa são compensados por "os benefícios económicos da manutenção da floresta, incluindo a protecção dos regimes de chuvas, a redução na incidência de queimaduras ou incêndios e perdas associados, a saúde humana, os sistemas de potencial agrícola florestal, bem como no valor da biodiversidade. "
As áreas protegidas da Amazônia brasileira e os pontos quentes do desmatamento entre 2004 e 2007. O Arco do Desmatamento compreende o leste, sul e sudoeste da Amazônia. AC, Acre, AM, Amazonas, AP, Amapá, MA, Maranhão, MT, Mato Grosso, PA, Pará, RO, Rondônia, RR, RO, TO, Tocantins.
"É difícil quantificar esses benefícios e são geralmente ignorados nas avaliações econômicas de REDD (29). Em outras palavras, as avaliações dos custos de oportunidade econômica de áreas protegidas deve ser equilibrada tanto pelos benefícios económicos associados com a conservação da floresta como os custos de programação de redução do desmatamento, que pode ser muito pequeno. "
Os autores afirmam, em conclusão que a única rede de áreas protegidas do Brasil não é suficiente para salvar a Amazônia. Os esforços para proteger a floresta deveria incluir os proprietários privados, que podem ser atraídos por incentivos financeiros e acesso ao mercado sobre os preços de madeira em bruto e de produtos agrícolas de produção responsável. Também é fundamental para melhorar o zoneamento e monitoramento do uso da terra e fazer cumprir as leis para manter esse uso da Amazônia como um ecossistema saudável e produtiva.
NOMEAÇÕES: Britaldo Soares-Filho, Paulo Moutinho, Daniel Nepstad, Anthony Anderson, Hermann Rodrigues, Ricardo Garcia, Laura Dietzsch, Frank Merry, Maria Bowman, Hissa Letícia, Rafaella Silvestrini e Cláudio Maretti (2010). Papel das áreas protegidas no Brasil mitigação das alterações climáticas da Amazônia. Www.pnas.org/cgi/doi/10.1073/pnas.0913048107 PNAS
As áreas protegidas na Amazônia brasileira estão provando ser altamente eficaz na redução da perda de floresta na maior floresta tropical do mundo, relata um novo estudo que analisa as tendências do desmatamento e em torno de terras indígenas, parques, explorações militares reservas de uso sustentável.
A pesquisa, publicada na primeira edição dos Anais da Academia Nacional das Ciências (Proceedings of National Academy of Sciences), constatou que 37 por cento da recente queda no desmatamento na Amazônia brasileira pode ser atribuído às áreas protegidas recém-criada . Entre 2002 e 2009, o Brasil incluiu um número estimado de 709 mil quilômetros quadrados de floresta amazônica - uma área maior do que o estado do Texas - em seu Programa de Áreas Protegidas da Amazônia (ARPA). Enquanto isso, o desmatamento na Amazônia brasileira caiu quase três quartos, entre 2004 e 2009.
O documento - escrito e co-autoria de 12 pesquisadores de cinco instituições no Brasil e nos Estados Unidos - concluiu-se que 115 das 206 áreas protegidas criadas desde 1999 estão se tornando mais eficaz na redução do desmatamento, clareiras da floresta sem deslocamento das áreas desprotegidas (um conceito conhecido como "fuga"). Os resultados indicam que as áreas sob proteção no Brasil são recentes, em vez de "parques de papel" - reserva que são tão ineficazes que parecem existir apenas no papel. Apurou-se que as reservas indígenas são áreas protegidas como mais eficaz na redução do desmatamento.
Com o ambicioso plano do governo brasileiro em mente, para reduzir a taxa de desmatamento anual de 80 por cento em 2020, a partir de uma base histórica de 19.500 quilômetros quadrados por ano, os autores estimam que a área protegida, estabelecida entre 2003 e 2008, reduziu 180000-360000 quilômetros quadrados de desmatamento de florestas tropicais até 2050, evitando a emissão de 2,2-4400000000 toneladas métricas de carbono. Adicionando a 127 mil km2 de novas áreas protegidas a ser instituído pelo ARPA, os autores dizem que o programa pode reduzir as emissões de carbono em cinco bilhões de toneladas métricas em 2050, ou aproximadamente 16% dos atuais emissões anuais vem atividades humanas.
Mas o programa de conservação implica custos económicos significativos em termos de gestão de áreas protegidas, bem como as atividades que não fazem os madeireiros, pecuaristas e agricultores. O custo de manter o potencial de armazenamento de carbono e produtividade biológica da floresta, através da ARPA, serão cerca de US $ 150 bilhões nos próximos 30 anos, o estudo estima.
No entanto, embora o preço parece alto, acaba por ser de US $ 5,40 por tonelada de carbono - muito mais barato do que a maioria das abordagens de redução de emissões, as abordagens que podem ser obtidos facilmente. Assim, os autores argumentam que o REDD - um mecanismo proposto para mitigar as alterações climáticas, através da qual os países industrializados compensar as nações tropicais para reduzir o desmatamento - pode ajudar a pagar o programa de áreas protegidas.
"Os investimentos na redução de 23/09 [bilhões de toneladas] das emissões de CO2, a emissão é esperado nos próximos 30 anos, o que equivaleria a E.U. $ 1927-1984000000000 se não houvesse áreas protegidas", escrevem eles. "Com o pagamento anual, que representam 1% do investimento global atual em energia limpa (E.U. $ 148400000000), a redução das emissões da Amazônia protegida montante áreas de redução de 10% das emissões de desmatamento em todo o mundo mas seria mais eficaz em termos de custo ".
Os pesquisadores observam que os custos econômicos do programa são compensados por "os benefícios económicos da manutenção da floresta, incluindo a protecção dos regimes de chuvas, a redução na incidência de queimaduras ou incêndios e perdas associados, a saúde humana, os sistemas de potencial agrícola florestal, bem como no valor da biodiversidade. "
As áreas protegidas da Amazônia brasileira e os pontos quentes do desmatamento entre 2004 e 2007. O Arco do Desmatamento compreende o leste, sul e sudoeste da Amazônia. AC, Acre, AM, Amazonas, AP, Amapá, MA, Maranhão, MT, Mato Grosso, PA, Pará, RO, Rondônia, RR, RO, TO, Tocantins.
"É difícil quantificar esses benefícios e são geralmente ignorados nas avaliações econômicas de REDD (29). Em outras palavras, as avaliações dos custos de oportunidade econômica de áreas protegidas deve ser equilibrada tanto pelos benefícios económicos associados com a conservação da floresta como os custos de programação de redução do desmatamento, que pode ser muito pequeno. "
Os autores afirmam, em conclusão que a única rede de áreas protegidas do Brasil não é suficiente para salvar a Amazônia. Os esforços para proteger a floresta deveria incluir os proprietários privados, que podem ser atraídos por incentivos financeiros e acesso ao mercado sobre os preços de madeira em bruto e de produtos agrícolas de produção responsável. Também é fundamental para melhorar o zoneamento e monitoramento do uso da terra e fazer cumprir as leis para manter esse uso da Amazônia como um ecossistema saudável e produtiva.
NOMEAÇÕES: Britaldo Soares-Filho, Paulo Moutinho, Daniel Nepstad, Anthony Anderson, Hermann Rodrigues, Ricardo Garcia, Laura Dietzsch, Frank Merry, Maria Bowman, Hissa Letícia, Rafaella Silvestrini e Cláudio Maretti (2010). Papel das áreas protegidas no Brasil mitigação das alterações climáticas da Amazônia. Www.pnas.org/cgi/doi/10.1073/pnas.0913048107 PNAS
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
Ibama incentiva destruição da Amazônia
No meio de uma densa área de mata tropical na porção noroeste do estado de Rondônia, um grupo de 40 pessoas aguardou ansiosamente por cerca de três semanas pela chegada de um sinal. No último dia 10, ele finalmente veio. Era o que elas precisavam para, num ritmo frenético, começar a derrubar cerca de 7 000 árvores do bioma amazônico. São ipês, angelins, cedros e cumarus de dezenas ou centenas de anos que virão ao chão sob o barulho ensurdecedor de inclementes motosserras. Diferentemente do que o cenário descrito acima pode sugerir, as pessoas que ceifarão essas árvores não são vilões do meio ambiente, como pecuaristas que desmatam para ganhar mais área para seus rebanhos, grileiros ou madeireiros ilegais. São funcionários diretos e terceirizados da Amata, empresa com sede em São Paulo que, há cinco anos, nasceu com o propósito de conservar a floresta e também ganhar dinheiro com suas riquezas - e a madeira é apenas a mais óbvia delas.
O tal sinal que eles esperavam para começar a operar era uma autorização do Ibama. É verdade que há hoje outras empresas na Amazônia tentando fazer vingar o binômio exploração-conservação. O que distingue a Amata e mais duas empresas de origem local, a Madeflona e a Sakura, é o fato de terem sido as primeiras a ganhar, em 2008, uma licitação para testar a viabilidade da exploração sustentável em uma área de 96 000 hectares da Jamari, floresta pública que pertence à União.
Daqui em diante, essas empresas estarão na mira de ambientalistas, pesquisadores e demais interessados na causa das florestas. Mas não serão as únicas a sofrer escrutínio público. As maiores atenções estarão voltadas para o próprio governo, responsável pela aprovação, em março de 2006, da lei de gestão de florestas públicas. Foi ela que concedeu ao setor privado o direito de explorar produtos e serviços nas áreas em regime de concessão, desde que respeitada uma série de limites e critérios sociais e ambientais. A lei foi uma das bandeiras da então ministra do Meio Ambiente, hoje candidata à Presidência pelo Partido Verde, Marina Silva. À época, houve críticas à sua aprovação. Entre as mais correntes, estava a de que a legislação endossaria a privatização da Amazônia, além de formalizar a total incompetência do governo em manter intocado seu próprio patrimônio. Alguns especialistas também levantaram dúvidas quanto às benesses do chamado "manejo".
A técnica, que deve ser usada pelos concessionários para explorar a madeira, define regras para a quantidade de árvores que podem ser derrubadas, de modo a favorecer a regeneração da floresta e sua perpetuidade. Os argumentos dos profissionais do Ministério do Meio Ambiente envolvidos na aprovação da lei, porém, foram mais convincentes e acabaram conquistando até mesmo a simpatia de ONGs aguerridas, como Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), Amigos da Terra e Greenpeace. "Defendemos a premissa de que para salvar a floresta é preciso usá-la. Se ela gera renda, as pessoas não têm motivos para derrubá-la", afirma o engenheiro florestal Tasso Azevedo. Azevedo foi um dos responsáveis pela elaboração da lei e também o primeiro diretor do Serviço Florestal Brasileiro, autarquia criada na época para ajudar o ministério a conduzir o processo de concessão das florestas públicas.
A ideia de entregar a gestão das florestas a empresas privadas sob regime de concessão não foi inventada aqui. No mundo todo, até nos países mais liberais, impera o consenso de que essas áreas devem, em última instância, permanecer nas mãos do poder público. As concessões, porém, vem sendo testadas aqui e ali há cerca de 30 anos. As experiências mais bem-sucedidas estão em países ricos e donos de florestas temperadas, como Estados Unidos e Canadá. "As concessões não deram certo em nenhum país tropical", afirma Niro Higuchi, respeitado pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia. Higuchi, um crítico notório às concessões, está certo. Mais de uma dezena de países adotou o modelo, como Camarões, Gabão, Gana, Libéria, Congo, Tailândia, Indonésia, Bolívia e Venezuela. Não há, porém, evidências concretas de que ele tenha gerado riqueza econômica para esses países ou os ajudado a preservar suas florestas. Por outro lado, o que os simpatizantes da lei afirmam é que colocar o Brasil nessa mesma cesta não faz mais qualquer sentido. "Comparar o país com o Congo ou com a Indonésia? É uma loucura", afirma Adalberto Veríssimo, pesquisador sênior do Imazon, ONG dedicada à pesquisa na Amazônia. Não só porque a estabilidade institucional do Brasil se consolidou ao longo dos últimos anos mas também porque a legislação ambiental vigente dá hoje à sociedade mecanismos para monitorar de perto o cumprimento das regras da concessão.
O tal sinal que eles esperavam para começar a operar era uma autorização do Ibama. É verdade que há hoje outras empresas na Amazônia tentando fazer vingar o binômio exploração-conservação. O que distingue a Amata e mais duas empresas de origem local, a Madeflona e a Sakura, é o fato de terem sido as primeiras a ganhar, em 2008, uma licitação para testar a viabilidade da exploração sustentável em uma área de 96 000 hectares da Jamari, floresta pública que pertence à União.
Daqui em diante, essas empresas estarão na mira de ambientalistas, pesquisadores e demais interessados na causa das florestas. Mas não serão as únicas a sofrer escrutínio público. As maiores atenções estarão voltadas para o próprio governo, responsável pela aprovação, em março de 2006, da lei de gestão de florestas públicas. Foi ela que concedeu ao setor privado o direito de explorar produtos e serviços nas áreas em regime de concessão, desde que respeitada uma série de limites e critérios sociais e ambientais. A lei foi uma das bandeiras da então ministra do Meio Ambiente, hoje candidata à Presidência pelo Partido Verde, Marina Silva. À época, houve críticas à sua aprovação. Entre as mais correntes, estava a de que a legislação endossaria a privatização da Amazônia, além de formalizar a total incompetência do governo em manter intocado seu próprio patrimônio. Alguns especialistas também levantaram dúvidas quanto às benesses do chamado "manejo".
A técnica, que deve ser usada pelos concessionários para explorar a madeira, define regras para a quantidade de árvores que podem ser derrubadas, de modo a favorecer a regeneração da floresta e sua perpetuidade. Os argumentos dos profissionais do Ministério do Meio Ambiente envolvidos na aprovação da lei, porém, foram mais convincentes e acabaram conquistando até mesmo a simpatia de ONGs aguerridas, como Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), Amigos da Terra e Greenpeace. "Defendemos a premissa de que para salvar a floresta é preciso usá-la. Se ela gera renda, as pessoas não têm motivos para derrubá-la", afirma o engenheiro florestal Tasso Azevedo. Azevedo foi um dos responsáveis pela elaboração da lei e também o primeiro diretor do Serviço Florestal Brasileiro, autarquia criada na época para ajudar o ministério a conduzir o processo de concessão das florestas públicas.
A ideia de entregar a gestão das florestas a empresas privadas sob regime de concessão não foi inventada aqui. No mundo todo, até nos países mais liberais, impera o consenso de que essas áreas devem, em última instância, permanecer nas mãos do poder público. As concessões, porém, vem sendo testadas aqui e ali há cerca de 30 anos. As experiências mais bem-sucedidas estão em países ricos e donos de florestas temperadas, como Estados Unidos e Canadá. "As concessões não deram certo em nenhum país tropical", afirma Niro Higuchi, respeitado pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia. Higuchi, um crítico notório às concessões, está certo. Mais de uma dezena de países adotou o modelo, como Camarões, Gabão, Gana, Libéria, Congo, Tailândia, Indonésia, Bolívia e Venezuela. Não há, porém, evidências concretas de que ele tenha gerado riqueza econômica para esses países ou os ajudado a preservar suas florestas. Por outro lado, o que os simpatizantes da lei afirmam é que colocar o Brasil nessa mesma cesta não faz mais qualquer sentido. "Comparar o país com o Congo ou com a Indonésia? É uma loucura", afirma Adalberto Veríssimo, pesquisador sênior do Imazon, ONG dedicada à pesquisa na Amazônia. Não só porque a estabilidade institucional do Brasil se consolidou ao longo dos últimos anos mas também porque a legislação ambiental vigente dá hoje à sociedade mecanismos para monitorar de perto o cumprimento das regras da concessão.
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
Novo estudo examina os Efeitos da Seca na Amazônia
Pesquisas recentes em torno do impacto da seca na Amazônia tem proporcionado resultados contraditórios sobre a forma como as florestas tropicais reagir a um clima
Um novo estudo publicado na edição adiantada em agosto da Proceedings of National Academy of Sciences (PNAS) analisa a resposta de florestas na Amazônia, a variações das condições climáticas, considerando especificamente como essas mudanças podem influenciar a produtividade da floresta. Estes resultados fornecem contexto possível porque estudos anteriores têm oferecido diferentes conclusões. Cientistas do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia, da Universidade da Flórida, Gainesville, eo Woods Hole Research Center co-autor do papel.
De acordo com Paulo Brando, principal autor do estudo, "Nosso estudo se baseia em estudos de campo e de detecção remota para demonstrar que as florestas relativamente imperturbada Amazônia são bastante tolerantes à seca sazonal, ao contrário de outros tipos de vegetação e gravemente perturbado florestas. Nosso estudo também aponta para vários potenciais mecanismos de controlo oscilações sazonais e inter-anual da produtividade da vegetação em toda a Bacia Amazônica. Até agora, o debate sobre estes mecanismos têm sido muito insuficientes no debate científico sobre como as florestas da Amazônia podem responder à mudança climática ".
O estudo usou uma combinação de sensoriamento remoto e estudos de campo de base, incluindo MODIS Enhanced Vegetation Index (EVI) 2000-2008 os dados da estação seca na bacia amazônica. Esta foi integrado com dados climáticos de 1996-2005 registrados em 280 estações meteorológicas. relações estatísticas entre EVI e diversas variáveis foram analisadas, tanto para a toda a Bacia Amazônica e para um site intensamente estudados (Tapajós).
Scott Goetz, um co-autor, explica: "Esta análise é o único que capta, com grande detalhe, como a produtividade da floresta varia de acordo com as medições meteorológicas, especialmente durante os anos de seca. Nossos achados construir em cima do trabalho anterior, mas tome as várias etapas ainda por realmente fazer a ligação com o clima e examinar como as florestas respondem por lavagem folhas novas. "
Além de contribuir para o debate sobre a vulnerabilidade da vegetação à seca, os autores relatam padrões importantes no clima em toda a Bacia Amazônica 1996-2005. Diminuição da precipitação durante a estação chuvosa, enquanto a disponibilidade de luz na estação seca aumentou. Dada a importância dessas mudanças para os processos que permitem florestas para seqüestro de carbono em condições de seca, os autores enfatizam a necessidade de uma melhor integração de dados baseada em campo e sensoriamento remoto estudos.
Esta liberação de papel coincide com as chamadas dentro da comunidade científica para um melhor entendimento de como as florestas da Amazônia e de outras formações florestais tropicais podem responder à seca do clima no uso da terra e afins.
De acordo com Daniel Nepstad, também co-autor, "Nosso estudo demonstra ainda mais que a resposta da floresta à seca é complexa. É prematuro tirar conclusões sobre a grande susceptibilidade da floresta amazônica à seca a partir de dados de sensoriamento remoto sozinho."
Um novo estudo publicado na edição adiantada em agosto da Proceedings of National Academy of Sciences (PNAS) analisa a resposta de florestas na Amazônia, a variações das condições climáticas, considerando especificamente como essas mudanças podem influenciar a produtividade da floresta. Estes resultados fornecem contexto possível porque estudos anteriores têm oferecido diferentes conclusões. Cientistas do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia, da Universidade da Flórida, Gainesville, eo Woods Hole Research Center co-autor do papel.
De acordo com Paulo Brando, principal autor do estudo, "Nosso estudo se baseia em estudos de campo e de detecção remota para demonstrar que as florestas relativamente imperturbada Amazônia são bastante tolerantes à seca sazonal, ao contrário de outros tipos de vegetação e gravemente perturbado florestas. Nosso estudo também aponta para vários potenciais mecanismos de controlo oscilações sazonais e inter-anual da produtividade da vegetação em toda a Bacia Amazônica. Até agora, o debate sobre estes mecanismos têm sido muito insuficientes no debate científico sobre como as florestas da Amazônia podem responder à mudança climática ".
O estudo usou uma combinação de sensoriamento remoto e estudos de campo de base, incluindo MODIS Enhanced Vegetation Index (EVI) 2000-2008 os dados da estação seca na bacia amazônica. Esta foi integrado com dados climáticos de 1996-2005 registrados em 280 estações meteorológicas. relações estatísticas entre EVI e diversas variáveis foram analisadas, tanto para a toda a Bacia Amazônica e para um site intensamente estudados (Tapajós).
Scott Goetz, um co-autor, explica: "Esta análise é o único que capta, com grande detalhe, como a produtividade da floresta varia de acordo com as medições meteorológicas, especialmente durante os anos de seca. Nossos achados construir em cima do trabalho anterior, mas tome as várias etapas ainda por realmente fazer a ligação com o clima e examinar como as florestas respondem por lavagem folhas novas. "
Além de contribuir para o debate sobre a vulnerabilidade da vegetação à seca, os autores relatam padrões importantes no clima em toda a Bacia Amazônica 1996-2005. Diminuição da precipitação durante a estação chuvosa, enquanto a disponibilidade de luz na estação seca aumentou. Dada a importância dessas mudanças para os processos que permitem florestas para seqüestro de carbono em condições de seca, os autores enfatizam a necessidade de uma melhor integração de dados baseada em campo e sensoriamento remoto estudos.
Esta liberação de papel coincide com as chamadas dentro da comunidade científica para um melhor entendimento de como as florestas da Amazônia e de outras formações florestais tropicais podem responder à seca do clima no uso da terra e afins.
De acordo com Daniel Nepstad, também co-autor, "Nosso estudo demonstra ainda mais que a resposta da floresta à seca é complexa. É prematuro tirar conclusões sobre a grande susceptibilidade da floresta amazônica à seca a partir de dados de sensoriamento remoto sozinho."
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
Brasil não aproveita potencial de energia solar e eólica
Estudos mostram que o Brasil tem um enorme potencial de energia eólica e solar não aproveitado. Isso acontece porque o país dispõe de outras fontes de energia limpa, como a hidráulica e a biomassa, em grande quantidade. Essa vasta disponibilidade faz com que a pressão por investimento em novas tecnologias seja reduzida.
De acordo com dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), 90% da energia gerada no Brasil em 2009, veio de fontes renováveis – principalmente hidráulica (83,7%), biomassa (5,9%) e eólica, com uma pequena participação (0,3%).
Transformar esse potencial natural em capacidade instalada e produção exige superar uma série de gargalos econômicos, tecnológicos, logísticos e regulatórios. A previsão da EPE é de que, até 2019, o perfil da matriz energética brasileira como um todo não mude muito.
Para o pesquisador Sergio Colle, coordenador dos Laboratórios de Engenharia de Processos de Conversão e Tecnologia de Energia (Lepten), da Universidade Federal de Santa Catarina, o Brasil poderia ser muito mais ambicioso no aproveitamento de seu potencial eólico. Não só do ponto de vista da sustentabilidade energética, mas também do desenvolvimento tecnológico e industrial. “Enquanto a gente fala em 3 GW, a China projeta 30 GW”, compara. “O Brasil não pode se dar ao luxo de ficar de braços cruzados e desperdiçar as oportunidades, só porque nasceu no ‘berço esplêndido’ das hidrelétricas e da biomassa. Não pode se omitir de investir em outras tecnologias renováveis.”
Energia jogada ao vento
O diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Nelson Hubner, disse ao Estadão que “o carro chefe continuará a ser a energia hidrelétrica. As outras renováveis vão crescer pouco a pouco”. Segundo ele, a energia eólica, apesar da pequena participação, já aparece como uma indústria bem consolidada, economicamente competitiva e capaz de caminhar com as próprias pernas – sem depender de incentivos do governo. Mesmo assim, segundo Hubner, ela nunca deixará de ser uma fonte “complementar”.
É difícil imaginar que em 2030, ou até 2050, o Brasil seja um país só de energias renováveis. “A transição não é tão rápida assim”, diz o especialista em planejamento energético Roberto Schaeffer, da Coppe-UFRJ.
Segundo Schaeffer, “vários estudos mostram que a energia eólica não pode representar mais do que 20% ou 30% da matriz energética de um país”, na melhor das hipóteses. Um dos problemas é que a produção de energia eólica depende da força dos ventos, tornando o fornecimento menos confiável do que o de uma fonte térmica ou hidráulica. Na Alemanha, por exemplo, cada 100 MW de energia eólica, o sistema enxerga como se fossem apenas 5 MW, diz Schaeffer. “É preciso haver uma redundância, caso pare de ventar. E essa redundância custa caro.”
Economicamente, o vento brasileiro já concorre de igual para igual com a biomassa e outras fontes térmicas. Tanto que no último leilão de energias renováveis, realizado na semana passada, a energia eólica foi a grande vencedora, com 899 MW médios contratados, contra 190 MW de biomassa e 70 MW de pequenas centrais hidrelétricas.
Segundo Hubner,a energia eólica ainda não concorre com a potencia da água de grandes usinas. Para gerar a mesma quantidade de energia que Belo Monte produziria, seria necessário instalar 700 km de torres aerogeradoras enfileiradas, e o custo da energia produzida seria bem maior.
Até o fim do ano passado, havia 36 parques eólicos em funcionamento no País, gerando 602 MW, segundo um documento da Aneel. O Plano Nacional de Energia previa a adição de 6.300 MW desse tipo de energia até 2030, comparado ao que existia em 2005.
Desperdício solar
No caso da energia solar,a situação é ainda pior. “Há uma completa omissão do governo sobre essa tecnologia”, afirma Sérgio Colle. Segundo ele, o aproveitamento é irrisório, tanto para aquecimento de água quanto para geração elétrica, e a produção nacional é baseada em tecnologias ultrapassadas.
“A indústria nacional produz cerca de 800 mil m² de coletores solares planos baseados em concepções primitivas, copiadas dos primeiros coletores solares da década de 20”, diz Colle. “Estamos na idade da pedra polida em desenvolvimento tecnológico de energia solar.”
Por outro lado, o potencial dessa energia é enorme. O Brasil, país de maior extensão territorial nos trópicos, é privilegiado não apenas com muita água, mas também com muito sol. Para se ter uma ideia o pesquisador Enio Bueno Pereira, do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), faz a seguinte comparação: se a área do reservatório da usina hidrelétrica de Balbina (2.360 km2), no Amazonas, fosse coberta de painéis fotovoltaicos, a energia gerada (cerca de 500 TWh/ano) seria suficiente para atender todo o consumo nacional de energia elétrica (cerca de 455 TWh/ano). “Não proponho que isso seja feito, mas é uma boa ilustração do potencial dessa tecnologia”, explica ele.
O problema é o preço. A energia solar, ainda é relativamente cara, tornando um empreendimento deste porte inviável economicamente. O que não significa que ela não desempenhe um papel estratégico no desenvolvimento sustentável do país. Segundo Pereira, a estratégia mais simples, seria disseminar o uso de painéis solares em telhados para uso doméstico, como forma de reduzir a demanda sobre o sistema e, assim, liberar mais energia para uso industrial, principalmente nos horários de pico.
Eventualmente, os produtores domésticos de energia solar poderiam vender o excedente de sua geração para o sistema integrado. As usinas de açúcar e álcool já fazem isso com a cogeração de bioeletricidade do bagaço de cana. Alguns pesquisadores, como Pereira, defendem a criação de uma política de regulamentação que incentive o uso da energia solar, tanto na indústria quanto nos domicílios. “Se o governo não der incentivo, essa tecnologia não vai decolar nunca”, afirma Pereira. “O custo inicial não é competitivo. Só fica competitivo quando aumenta o número de usuários e há demanda garantida, como aconteceu com a eólica.”
“Se houver um compromisso de compra, a indústria virá para cá, com certeza”, reforça o pesquisador Ricardo Ruther, da Universidade Federal de Santa Catarina e diretor técnico do Instituto para o Desenvolvimento das Energias Alternativas na América Latina (Ideal). Em algumas regiões, diz ele, a energia solar poderia se tornar competitiva já nos próximos anos. “Os custos estão caindo e vai chegar um momento, ainda nesta década, em que instalar um telhado solar e gerar sua própria eletricidade será mais barato do que comprar energia das concessionárias”, diz. “Quando esse momento chegar, o cidadão tem de ter o direito de optar pela alternativa mais barata. Só que, hoje, o consumidor não pode se conectar diretamente à rede. O governo tem de criar a regulamentação necessária para que isso aconteça.”
De acordo com dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), 90% da energia gerada no Brasil em 2009, veio de fontes renováveis – principalmente hidráulica (83,7%), biomassa (5,9%) e eólica, com uma pequena participação (0,3%).
Transformar esse potencial natural em capacidade instalada e produção exige superar uma série de gargalos econômicos, tecnológicos, logísticos e regulatórios. A previsão da EPE é de que, até 2019, o perfil da matriz energética brasileira como um todo não mude muito.
Para o pesquisador Sergio Colle, coordenador dos Laboratórios de Engenharia de Processos de Conversão e Tecnologia de Energia (Lepten), da Universidade Federal de Santa Catarina, o Brasil poderia ser muito mais ambicioso no aproveitamento de seu potencial eólico. Não só do ponto de vista da sustentabilidade energética, mas também do desenvolvimento tecnológico e industrial. “Enquanto a gente fala em 3 GW, a China projeta 30 GW”, compara. “O Brasil não pode se dar ao luxo de ficar de braços cruzados e desperdiçar as oportunidades, só porque nasceu no ‘berço esplêndido’ das hidrelétricas e da biomassa. Não pode se omitir de investir em outras tecnologias renováveis.”
Energia jogada ao vento
O diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Nelson Hubner, disse ao Estadão que “o carro chefe continuará a ser a energia hidrelétrica. As outras renováveis vão crescer pouco a pouco”. Segundo ele, a energia eólica, apesar da pequena participação, já aparece como uma indústria bem consolidada, economicamente competitiva e capaz de caminhar com as próprias pernas – sem depender de incentivos do governo. Mesmo assim, segundo Hubner, ela nunca deixará de ser uma fonte “complementar”.
É difícil imaginar que em 2030, ou até 2050, o Brasil seja um país só de energias renováveis. “A transição não é tão rápida assim”, diz o especialista em planejamento energético Roberto Schaeffer, da Coppe-UFRJ.
Segundo Schaeffer, “vários estudos mostram que a energia eólica não pode representar mais do que 20% ou 30% da matriz energética de um país”, na melhor das hipóteses. Um dos problemas é que a produção de energia eólica depende da força dos ventos, tornando o fornecimento menos confiável do que o de uma fonte térmica ou hidráulica. Na Alemanha, por exemplo, cada 100 MW de energia eólica, o sistema enxerga como se fossem apenas 5 MW, diz Schaeffer. “É preciso haver uma redundância, caso pare de ventar. E essa redundância custa caro.”
Economicamente, o vento brasileiro já concorre de igual para igual com a biomassa e outras fontes térmicas. Tanto que no último leilão de energias renováveis, realizado na semana passada, a energia eólica foi a grande vencedora, com 899 MW médios contratados, contra 190 MW de biomassa e 70 MW de pequenas centrais hidrelétricas.
Segundo Hubner,a energia eólica ainda não concorre com a potencia da água de grandes usinas. Para gerar a mesma quantidade de energia que Belo Monte produziria, seria necessário instalar 700 km de torres aerogeradoras enfileiradas, e o custo da energia produzida seria bem maior.
Até o fim do ano passado, havia 36 parques eólicos em funcionamento no País, gerando 602 MW, segundo um documento da Aneel. O Plano Nacional de Energia previa a adição de 6.300 MW desse tipo de energia até 2030, comparado ao que existia em 2005.
Desperdício solar
No caso da energia solar,a situação é ainda pior. “Há uma completa omissão do governo sobre essa tecnologia”, afirma Sérgio Colle. Segundo ele, o aproveitamento é irrisório, tanto para aquecimento de água quanto para geração elétrica, e a produção nacional é baseada em tecnologias ultrapassadas.
“A indústria nacional produz cerca de 800 mil m² de coletores solares planos baseados em concepções primitivas, copiadas dos primeiros coletores solares da década de 20”, diz Colle. “Estamos na idade da pedra polida em desenvolvimento tecnológico de energia solar.”
Por outro lado, o potencial dessa energia é enorme. O Brasil, país de maior extensão territorial nos trópicos, é privilegiado não apenas com muita água, mas também com muito sol. Para se ter uma ideia o pesquisador Enio Bueno Pereira, do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), faz a seguinte comparação: se a área do reservatório da usina hidrelétrica de Balbina (2.360 km2), no Amazonas, fosse coberta de painéis fotovoltaicos, a energia gerada (cerca de 500 TWh/ano) seria suficiente para atender todo o consumo nacional de energia elétrica (cerca de 455 TWh/ano). “Não proponho que isso seja feito, mas é uma boa ilustração do potencial dessa tecnologia”, explica ele.
O problema é o preço. A energia solar, ainda é relativamente cara, tornando um empreendimento deste porte inviável economicamente. O que não significa que ela não desempenhe um papel estratégico no desenvolvimento sustentável do país. Segundo Pereira, a estratégia mais simples, seria disseminar o uso de painéis solares em telhados para uso doméstico, como forma de reduzir a demanda sobre o sistema e, assim, liberar mais energia para uso industrial, principalmente nos horários de pico.
Eventualmente, os produtores domésticos de energia solar poderiam vender o excedente de sua geração para o sistema integrado. As usinas de açúcar e álcool já fazem isso com a cogeração de bioeletricidade do bagaço de cana. Alguns pesquisadores, como Pereira, defendem a criação de uma política de regulamentação que incentive o uso da energia solar, tanto na indústria quanto nos domicílios. “Se o governo não der incentivo, essa tecnologia não vai decolar nunca”, afirma Pereira. “O custo inicial não é competitivo. Só fica competitivo quando aumenta o número de usuários e há demanda garantida, como aconteceu com a eólica.”
“Se houver um compromisso de compra, a indústria virá para cá, com certeza”, reforça o pesquisador Ricardo Ruther, da Universidade Federal de Santa Catarina e diretor técnico do Instituto para o Desenvolvimento das Energias Alternativas na América Latina (Ideal). Em algumas regiões, diz ele, a energia solar poderia se tornar competitiva já nos próximos anos. “Os custos estão caindo e vai chegar um momento, ainda nesta década, em que instalar um telhado solar e gerar sua própria eletricidade será mais barato do que comprar energia das concessionárias”, diz. “Quando esse momento chegar, o cidadão tem de ter o direito de optar pela alternativa mais barata. Só que, hoje, o consumidor não pode se conectar diretamente à rede. O governo tem de criar a regulamentação necessária para que isso aconteça.”
usinas no Tapajós e no Teles Pires selará a destruição da Amazônia, diz pesquisadora
Além da construção das usinas do rio Madeira, em Rondônia, e de começar o processo de implementação da usina de Belo Monte, no Pará, o governo mira mais dois mega-projetos na Amazônia, as usinas dos rios Teles Pires (MT) e Tapajós (PA).
Para analisar os impactos destes dois novos projetos do governo, foi realizado, entre os dias 25 a 27 de agosto na cidade de Itaituba (Pará), o 1º Encontro dos Povos e Comunidades atingidas por projetos de infra-estrutura nas bacias dos rios da Amazônia: Madeira, Tapajós - Teles Pires e Xingu.
O Amazonia.org.br conversou com Telma Monteiro, coordenadora de Energia e Infraestrutura Amazônia da Associação de Defesa Etnoambiental Kanindé, para entender mais sobre o evento e os impactos desses projetos. Segundo ela, o encontro foi fundamental para que aqueles que serão atingidos pelos impactos das usinas saibam como proceder para evitar a construção das obras.
"Ficou evidente a necessidade de informações que as pessoas têm. As pessoas que vivem próximas aos rios Xingu (PA) e Madeira (RO) já estão mais informadas, vivendo esse processo. Mas as pessoas que vivem próximas ao Tapajós (PA) e ao rio Teles Pires (PA) ainda não têm as informações necessárias para se mobilizarem", disse.
Na opinião de Telma, no caso do Tapajós e Teles Pires, "as conseqüências serão tão graves, que selarão a destruição da Amazônia. [A construção das usinas] é a pá de cal sobre a destruição da Amazônia".
Amazonia.org.br - Como foi o evento?
Telma Monteiro - Foi uma surpresa muito boa, porque havia 600 participantes, entre lideranças indígenas do Mato Grosso, Rondônia e Pará. Entre eles, os líderes dos Mundu Uruku, que raramente participam de um movimento. Essas lideranças foram em peso e ocuparam o centro de eventos de Itaituba, local onde foi realizado o encontro.
Tivemos, no primeiro dia, apresentações de especialistas e pessoas ligadas a movimentos. No final do dia houve a abertura do evento, na beirada do rio Tapajós.
No segundo dia, desde cedo, tivemos as mesas, os questionamentos da plenária. Na parte da tarde, houve os grupos de trabalho, com as oficinas. No terceiro dia, foi feita uma panfletagem na cidade com os resultados e reivindicações dos movimentos dos povos indígenas e etnias preocupados com as mega-obras na Amazônia.
Depois houve a caminhada em favor da vida, que foi muito emocionante. Mais de 600 pessoas participaram, carregando dezenas de faixas. Todos participaram da caminhada, os indígenas, movimentos sociais, representantes de quilombolas, agricultores.
A passeata parou a cidade. Percebeu-se que as pessoas queriam saber o que estava acontecendo. Muitos se solidarizaram.
Em todo o encontro, ficou evidente a necessidade de informações que as pessoas têm. As pessoas que vivem próximas aos rios Xingu (PA) e Madeira (RO) já estão mais informadas, vivendo esse processo. Mas as pessoas que vivem próximas ao Tapajós (PA) e ao rio Teles Pires (PA) ainda não têm as informações necessárias para se mobilizarem.
Nesse aspecto, o evento foi de extrema importância, porque foi clara a percepção de que eles ficaram muito atentos às informações que nós estávamos dando.
Amazonia.org.br - Qual foi a sua participação?
Telma - Eu participei de uma mesa junto com um procurador do Pará, Felício Pontes. Ele falou sobre a inconsistência das ações da usina de Belo Monte e eu contrapunha e mostrava as similaridades e inconsistência das ações das hidrelétricas do rio Madeira.
Conseguimos mostrar a todos que a história se repete e que a forma do governo atuar é a mesma. Eles usam os mesmos artifícios, só que sendo mais criativos.
No caso do rio Madeira, o governo disse que as hidrelétricas de Jirau e Santo Antonio eram com fio d´água e por isso não teriam impactos. No caso da usina do Xingu, o governo disse que seria sazonal e não teria impacto e, agora, no Tapajós, ele diz que será uma hidrelétrica de plataformas.
Na verdade eles criam os mesmos impactos, as mesmas dificuldades, criam os mesmos artifícios, mas mudam a denominação.
Amazonia.org.br - Como foi a participação do público?
Telma - É impressionante a necessidade de informação que as pessoas que participaram do evento tiveram. Houve filas para pegar o microfone para fazer as perguntas. Eles queriam saber quais os instrumentos, quais as ferramentas que eles dispunham para lutar contra isso, se o Ministério Público estava do lado deles, quais pessoas poderiam ajudar com mais informações sobre a forma de como seriam abordados pelos consórcios. Tudo isso era objeto de questionamento. Queriam saber o que fariam quando chegassem os interessados na construção.
Queríamos mostrar a eles todas as ferramentas que eles dispunham para lutar contra isso. Como, por exemplo, o caso da representação, que eles poderiam escrever essa representação e que se ela fosse assinada por 50 pessoas ou por uma associação de bairro, quilombolas, pescadoras - não importando a forma como foi feita - e levada ao MP, este tomaria as devidas providências no sentido de apurar o caso.
Um indígena perguntou como se poderia chegar a fazer essa denúncia nas instancias internacionais. A gente explicou o caso das comissões da OEA [Organização dos Estados Americanos] e da ONU [Organização das Nações Unidas], que existem para receber essas denúncias ligadas aos direitos humanos.
Houve indígenas que disseram que só iriam permitir a entrada dessas pessoas [interessados na obra] se eles fossem mortos. "Só saímos daqui mortos", disseram.
Amazonia.org.br - No caso das usinas planejadas nos rios Tapajós e Teles Pires, há alguma diferença, com relação aos impactos, às barragens do Xingu e Belo Monte?
Telma - Os impactos são os mesmos. Elas vão criar os mesmos problemas.
No caso do complexo do Tapajós há algo diferente. Há cinco hidrelétricas planejadas, que se conectam com as hidrelétricas planejadas no Telles Pires. Tudo isso junto pode criar uma hecatombe ambiental na região, com sérias conseqüências com relação à extinção de espécies de peixes.
No caso do Tapajós, a construção afetará diretamente 99 cachoeiras. A impressão que eu tenho é a seguinte: as usinas do Madeira trarão um grande impacto para a Amazônia e nós não vamos estar aqui para ver as consequências disso isso. Se fizerem Belo Monte, nós não teremos nem como mensurar os problemas que teremos, até pelo projeto que é absurdo. No caso do Tapajós, se juntarmos com Teles Pires - já que esses dois se juntam (o Teles Pires é o maior afluente do Tapajós, ele forma o Tapajós junto com o Juruena), a consequência será tão grave que selará a destruição da Amazônia. É a pá de cal sobre a destruição da Amazônia.
Amazonia.org.br - Diante desse contexto e com base nos resultados do evento, quais são os próximos passos?
Telma - Está se formando um novo grupo de especialistas para se estudar as análises dos processos do Tapajós e Teles Pires.
Ficou clara também a necessidade de se realizar encontros como esse na região do Teles Pires. Já estão sendo planejados mais dois ou três eventos para se discutir o tema nas localidades que vão sofrer e já estão sofrendo, não ainda com a construção, mas com o próprio anúncio das obras.
Para analisar os impactos destes dois novos projetos do governo, foi realizado, entre os dias 25 a 27 de agosto na cidade de Itaituba (Pará), o 1º Encontro dos Povos e Comunidades atingidas por projetos de infra-estrutura nas bacias dos rios da Amazônia: Madeira, Tapajós - Teles Pires e Xingu.
O Amazonia.org.br conversou com Telma Monteiro, coordenadora de Energia e Infraestrutura Amazônia da Associação de Defesa Etnoambiental Kanindé, para entender mais sobre o evento e os impactos desses projetos. Segundo ela, o encontro foi fundamental para que aqueles que serão atingidos pelos impactos das usinas saibam como proceder para evitar a construção das obras.
"Ficou evidente a necessidade de informações que as pessoas têm. As pessoas que vivem próximas aos rios Xingu (PA) e Madeira (RO) já estão mais informadas, vivendo esse processo. Mas as pessoas que vivem próximas ao Tapajós (PA) e ao rio Teles Pires (PA) ainda não têm as informações necessárias para se mobilizarem", disse.
Na opinião de Telma, no caso do Tapajós e Teles Pires, "as conseqüências serão tão graves, que selarão a destruição da Amazônia. [A construção das usinas] é a pá de cal sobre a destruição da Amazônia".
Amazonia.org.br - Como foi o evento?
Telma Monteiro - Foi uma surpresa muito boa, porque havia 600 participantes, entre lideranças indígenas do Mato Grosso, Rondônia e Pará. Entre eles, os líderes dos Mundu Uruku, que raramente participam de um movimento. Essas lideranças foram em peso e ocuparam o centro de eventos de Itaituba, local onde foi realizado o encontro.
Tivemos, no primeiro dia, apresentações de especialistas e pessoas ligadas a movimentos. No final do dia houve a abertura do evento, na beirada do rio Tapajós.
No segundo dia, desde cedo, tivemos as mesas, os questionamentos da plenária. Na parte da tarde, houve os grupos de trabalho, com as oficinas. No terceiro dia, foi feita uma panfletagem na cidade com os resultados e reivindicações dos movimentos dos povos indígenas e etnias preocupados com as mega-obras na Amazônia.
Depois houve a caminhada em favor da vida, que foi muito emocionante. Mais de 600 pessoas participaram, carregando dezenas de faixas. Todos participaram da caminhada, os indígenas, movimentos sociais, representantes de quilombolas, agricultores.
A passeata parou a cidade. Percebeu-se que as pessoas queriam saber o que estava acontecendo. Muitos se solidarizaram.
Em todo o encontro, ficou evidente a necessidade de informações que as pessoas têm. As pessoas que vivem próximas aos rios Xingu (PA) e Madeira (RO) já estão mais informadas, vivendo esse processo. Mas as pessoas que vivem próximas ao Tapajós (PA) e ao rio Teles Pires (PA) ainda não têm as informações necessárias para se mobilizarem.
Nesse aspecto, o evento foi de extrema importância, porque foi clara a percepção de que eles ficaram muito atentos às informações que nós estávamos dando.
Amazonia.org.br - Qual foi a sua participação?
Telma - Eu participei de uma mesa junto com um procurador do Pará, Felício Pontes. Ele falou sobre a inconsistência das ações da usina de Belo Monte e eu contrapunha e mostrava as similaridades e inconsistência das ações das hidrelétricas do rio Madeira.
Conseguimos mostrar a todos que a história se repete e que a forma do governo atuar é a mesma. Eles usam os mesmos artifícios, só que sendo mais criativos.
No caso do rio Madeira, o governo disse que as hidrelétricas de Jirau e Santo Antonio eram com fio d´água e por isso não teriam impactos. No caso da usina do Xingu, o governo disse que seria sazonal e não teria impacto e, agora, no Tapajós, ele diz que será uma hidrelétrica de plataformas.
Na verdade eles criam os mesmos impactos, as mesmas dificuldades, criam os mesmos artifícios, mas mudam a denominação.
Amazonia.org.br - Como foi a participação do público?
Telma - É impressionante a necessidade de informação que as pessoas que participaram do evento tiveram. Houve filas para pegar o microfone para fazer as perguntas. Eles queriam saber quais os instrumentos, quais as ferramentas que eles dispunham para lutar contra isso, se o Ministério Público estava do lado deles, quais pessoas poderiam ajudar com mais informações sobre a forma de como seriam abordados pelos consórcios. Tudo isso era objeto de questionamento. Queriam saber o que fariam quando chegassem os interessados na construção.
Queríamos mostrar a eles todas as ferramentas que eles dispunham para lutar contra isso. Como, por exemplo, o caso da representação, que eles poderiam escrever essa representação e que se ela fosse assinada por 50 pessoas ou por uma associação de bairro, quilombolas, pescadoras - não importando a forma como foi feita - e levada ao MP, este tomaria as devidas providências no sentido de apurar o caso.
Um indígena perguntou como se poderia chegar a fazer essa denúncia nas instancias internacionais. A gente explicou o caso das comissões da OEA [Organização dos Estados Americanos] e da ONU [Organização das Nações Unidas], que existem para receber essas denúncias ligadas aos direitos humanos.
Houve indígenas que disseram que só iriam permitir a entrada dessas pessoas [interessados na obra] se eles fossem mortos. "Só saímos daqui mortos", disseram.
Amazonia.org.br - No caso das usinas planejadas nos rios Tapajós e Teles Pires, há alguma diferença, com relação aos impactos, às barragens do Xingu e Belo Monte?
Telma - Os impactos são os mesmos. Elas vão criar os mesmos problemas.
No caso do complexo do Tapajós há algo diferente. Há cinco hidrelétricas planejadas, que se conectam com as hidrelétricas planejadas no Telles Pires. Tudo isso junto pode criar uma hecatombe ambiental na região, com sérias conseqüências com relação à extinção de espécies de peixes.
No caso do Tapajós, a construção afetará diretamente 99 cachoeiras. A impressão que eu tenho é a seguinte: as usinas do Madeira trarão um grande impacto para a Amazônia e nós não vamos estar aqui para ver as consequências disso isso. Se fizerem Belo Monte, nós não teremos nem como mensurar os problemas que teremos, até pelo projeto que é absurdo. No caso do Tapajós, se juntarmos com Teles Pires - já que esses dois se juntam (o Teles Pires é o maior afluente do Tapajós, ele forma o Tapajós junto com o Juruena), a consequência será tão grave que selará a destruição da Amazônia. É a pá de cal sobre a destruição da Amazônia.
Amazonia.org.br - Diante desse contexto e com base nos resultados do evento, quais são os próximos passos?
Telma - Está se formando um novo grupo de especialistas para se estudar as análises dos processos do Tapajós e Teles Pires.
Ficou clara também a necessidade de se realizar encontros como esse na região do Teles Pires. Já estão sendo planejados mais dois ou três eventos para se discutir o tema nas localidades que vão sofrer e já estão sofrendo, não ainda com a construção, mas com o próprio anúncio das obras.
segunda-feira, 6 de setembro de 2010
Turismo de observação de baleias pode render US$ 3 bilhões por ano
Potencial de geração de empregos em todo o mundo chega a 24 mil vagas.
Em 2009, 13 milhões observaram os grandes cetáceos, gerando US$ 2 bi.
Para os países que não as caçam, as baleias que chegam ao seu litoral têm um valor que não se mede em toneladas de carne, mas em milhões de turistas e bilhões de dólares.
No ano passado, mais de 13 milhões de pessoas observaram baleias em 119 países, gerando US$ 2 bilhões, segundo cálculos do ministro australiano da Ecologia, Peter Garret, informados à Comissão Baleeira Internacional (CBI) reunida em Agadir (sudoeste do Marrocos) até esta sexta-feira (25).
A CBI, fundada em 1946 para regular a caça às baleias, é a entidade que administra as populações desses grandes cetáceos.
Há 14 anos, a CBI criou um grupo de trabalho científico dedicado à observação de baleias ("whale watching"), atividade turística em plena expansão que permite admirar as gigantes dos mares a bordo de um barco.
Segundo o primeiro estudo sobre o tema, elaborado pelo Fisheries Center da Universidade da Columbia Britânica (Canadá), a observação de baleias - chamada pela CBI de "exploração não letal das baleias" - poderia render US$ 3 bilhões ao ano e gerar 24 mil empregos no mundo.
A América Latina é muito ativa na CBI: a observação de baleias, em ascensão de mais de 11% ao ano desde o fim dos anos 1990, três vezes mais que a média mundial, representa um negócio de US$ 278 milhões que atrai um milhão e meio de pessoas.
"Na Península Valdés [Patagônia argentina], mais de 200 mil turistas vêm ver as baleias entre junho e dezembro", contou Roxana Schteinbarg, diretora do Instituto de Conservação de Baleias. "Não há necessidade de matá-las para tirar proveito delas."
A maioria dos países da região - acrescentou - adotaram regras de observação. Para se fazer ouvir, uma centena de operadoras latino-americanas e caribenhas apresentaram, por iniciativa da Argentina, uma declaração ante a CBI reivindicando a manutenção da moratória para a caça comercial, o respeito dos santuários baleeiros e a criação de um novo santuário no Atlântico Sul.
A Nova Zelândia, de onde se zarpa para ver as baleias azuis e cachalotes, "fatura mais de US$ 80 milhões" com a atividade, disse Karena Lyons, membro da delegação. "Isso garante ganho máximo para as comunidades locais e um impacto mínimo para as baleias."
A CBI deu sua autorização para um plano estratégico quinquenal sobre a observação das baleias, cujo objetivo será enquadrar o desenvolvimento dessa atividade e reduzir os impactos sobre os cetáceos.
Em 2009, 13 milhões observaram os grandes cetáceos, gerando US$ 2 bi.
Para os países que não as caçam, as baleias que chegam ao seu litoral têm um valor que não se mede em toneladas de carne, mas em milhões de turistas e bilhões de dólares.
No ano passado, mais de 13 milhões de pessoas observaram baleias em 119 países, gerando US$ 2 bilhões, segundo cálculos do ministro australiano da Ecologia, Peter Garret, informados à Comissão Baleeira Internacional (CBI) reunida em Agadir (sudoeste do Marrocos) até esta sexta-feira (25).
A CBI, fundada em 1946 para regular a caça às baleias, é a entidade que administra as populações desses grandes cetáceos.
Há 14 anos, a CBI criou um grupo de trabalho científico dedicado à observação de baleias ("whale watching"), atividade turística em plena expansão que permite admirar as gigantes dos mares a bordo de um barco.
Segundo o primeiro estudo sobre o tema, elaborado pelo Fisheries Center da Universidade da Columbia Britânica (Canadá), a observação de baleias - chamada pela CBI de "exploração não letal das baleias" - poderia render US$ 3 bilhões ao ano e gerar 24 mil empregos no mundo.
A América Latina é muito ativa na CBI: a observação de baleias, em ascensão de mais de 11% ao ano desde o fim dos anos 1990, três vezes mais que a média mundial, representa um negócio de US$ 278 milhões que atrai um milhão e meio de pessoas.
"Na Península Valdés [Patagônia argentina], mais de 200 mil turistas vêm ver as baleias entre junho e dezembro", contou Roxana Schteinbarg, diretora do Instituto de Conservação de Baleias. "Não há necessidade de matá-las para tirar proveito delas."
A maioria dos países da região - acrescentou - adotaram regras de observação. Para se fazer ouvir, uma centena de operadoras latino-americanas e caribenhas apresentaram, por iniciativa da Argentina, uma declaração ante a CBI reivindicando a manutenção da moratória para a caça comercial, o respeito dos santuários baleeiros e a criação de um novo santuário no Atlântico Sul.
A Nova Zelândia, de onde se zarpa para ver as baleias azuis e cachalotes, "fatura mais de US$ 80 milhões" com a atividade, disse Karena Lyons, membro da delegação. "Isso garante ganho máximo para as comunidades locais e um impacto mínimo para as baleias."
A CBI deu sua autorização para um plano estratégico quinquenal sobre a observação das baleias, cujo objetivo será enquadrar o desenvolvimento dessa atividade e reduzir os impactos sobre os cetáceos.
IBGE: 15% da floresta amazônica já foi desmatada
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os Indicadores de Desenvolvimento Sustentável (IDS) do Brasil no ano de 2010. Segundo a publicação, o desmatamento total da floresta amazônica já atingiu 14,6%. "A área total desflorestada da Amazônia, que até 1991 era de 8,4% (426.400 km²), chegou a 14,6% (739.928 km²) em 2009".
A situação mais crítica é do bioma Mata Atlântica, com 133 km2 de área remanescente, menos de 10% da área original. O cerrado também sofre com desmatamento, e perdeu praticamente a metade de sua cobertura florestal.
O IDS também indica que o desmatamento e queimadas contribuíram com 57% das emissões brasileiras de gases de efeito estufa. No período de 2000 a 2005, o Brasil emitiu um total de 2,2 bilhões de toneladas de CO2 na atmosfera.
Apesar de alguns dados alarmantes, o IDS mostra também avanços na área ambiental. Segundo o IBGE, o Brasil destina hoje 750 mil km2 a Unidades de Conservação (UC) federal, o que representa 9% do território brasileiro. Entre os biomas brasileiros, a Amazônia é a mais protegida, já que áreas protegidas representam 17% da região.
Os indicadores de dimensão social também mostram melhora. Segundo o IBGE, caiu a mortalidade infantil e o número de internações por doenças ligadas ao saneamento ambiental inadequado, e aumentou a expectativa de vida do brasileiro.
Mas desigualdades persistem no Brasil. O índice de Gini, que mede a desigualdade de renda, está em 0,531 (ano de 2008). Quanto mais próximo de zero, menor a desigualdade. Outro dado alarmante é que 43% dos domicílios brasileiros não são adequados para moradia.
Indicadores de Desenvolvimento Sustentável - Brasil 2010
www.amazonia.org.br
A situação mais crítica é do bioma Mata Atlântica, com 133 km2 de área remanescente, menos de 10% da área original. O cerrado também sofre com desmatamento, e perdeu praticamente a metade de sua cobertura florestal.
O IDS também indica que o desmatamento e queimadas contribuíram com 57% das emissões brasileiras de gases de efeito estufa. No período de 2000 a 2005, o Brasil emitiu um total de 2,2 bilhões de toneladas de CO2 na atmosfera.
Apesar de alguns dados alarmantes, o IDS mostra também avanços na área ambiental. Segundo o IBGE, o Brasil destina hoje 750 mil km2 a Unidades de Conservação (UC) federal, o que representa 9% do território brasileiro. Entre os biomas brasileiros, a Amazônia é a mais protegida, já que áreas protegidas representam 17% da região.
Os indicadores de dimensão social também mostram melhora. Segundo o IBGE, caiu a mortalidade infantil e o número de internações por doenças ligadas ao saneamento ambiental inadequado, e aumentou a expectativa de vida do brasileiro.
Mas desigualdades persistem no Brasil. O índice de Gini, que mede a desigualdade de renda, está em 0,531 (ano de 2008). Quanto mais próximo de zero, menor a desigualdade. Outro dado alarmante é que 43% dos domicílios brasileiros não são adequados para moradia.
Indicadores de Desenvolvimento Sustentável - Brasil 2010
www.amazonia.org.br
domingo, 5 de setembro de 2010
Zero Emissões Austrália
Aqueles Aussies, que há muito enfrentou um ambiente desafiador em uma ilha continente, são um povo de mentalidade prática. No entanto, alguns parecem acreditar que faz sentido apontar para o sonho aparentemente impossível de uma economia livre de emissões.
Carbono Zero na Austrália, estacionária Plano Energético, um roteiro de dez anos para 100% de energias renováveis, de Zero Emissões Beyond (BZE) e acadêmicos da Universidade de Melbourne, argumenta que a tecnologia já está disponível comercialmente e que não existem barreiras técnicas de prevenção da Austrália implantação da infra-estrutura necessária ao longo dos próximos dez anos. É um projecto de 100% economia de energia nova que iria transformar a Austrália em um líder mundial no crescente mercado em torno da luta para deter a mudança climática global.
Ninguém duvida da ousadia das ambições BZE mais do que Duncan Currie, um escritor de muito conservadora National Review. Ele descreveu recentemente a proposta de Al Gore em 2008 semelhante para os E.U. para passar para 100% Nova Energia e concluiu que "a promessa de energias renováveis tem sido consistentemente sobrevendido ..." trabalho Currie referenciado pelo matemático Vaclav Smil e petróleo e gás da indústria shill Robert Bryce em discutir essa mudança radical e abrupta longe dos combustíveis fósseis é completamente irrealista.
O papel BZE apresenta uma forte lembrança do porquê de tais ambições são, em primeiro lugar, urgente. Enquanto os líderes mundiais, capturado pelas exigências da política eleitoral e curiosidades da mídia, têm permitido negam a trombeta mentiras sobre o clima que está mudando à vista, a concentração de gases de efeito estufa (GEEs) na atmosfera atingiu 390 partes por milhão (ppm ), embora os cientistas do clima franco dizer qualquer coisa acima de 350 ppm anuncia os piores impactos.
Currie tese básica é que as mudanças de um tipo de dependência de energia para outro de madeira (para carvão, do petróleo) sempre tiveram décadas. Ele não consegue provar que não essa transição pode ser feita mais rapidamente, só que não foi feito rapidamente. Talvez, BZE e Gore poderia responder, nunca houve tanta urgência.
Além disso, a repetição de todo Currie Bryce fátuo "homem de palha" Os argumentos são inúteis. Petróleo surgiu em meados de 1800, mas não substituir o carvão em os E.U. até 1950, diz Currie e Bryce. Isso é direito, porque o óleo é para o transporte, que obteve apenas a disponibilidade generalizada e dominante de consumo de energia moderna em meados do século. O carvão foi e é para aquecimento de edifícios e geração de energia elétrica, tem que continuar a sustentá-la. aumento do petróleo, dizem Currie e Bryce, foi impulsionada principalmente pela revolução do automóvel e as necessidades militares da Segunda Guerra Mundial. Exatamente, o que demonstra que pode ser feito quando há uma necessidade urgente de uma mudança na dependência energética.
Um pouco lembrados fatos históricos desde o início da Segunda Guerra Mundial é profundamente revelador. Depois de U-boats alemães começaram a afundar navios carregados de petróleo a partir dos portos da costa do golfo de grandes centros populacionais Nova Inglaterra, os E.U. só foi capaz de aproveitar a abundância de petróleo do Texas e da Califórnia por causa de um esforço heróico para construir - unimaginably rapidamente - Big Nails e Little polegadas, um par de dutos que liga o Sudeste ao Nordeste profundo. A necessidade levou a energia para fazer o que se pensava anteriormente inatingíveis. Necessidade pode ser, para cunhar uma frase, a mãe de uma transição energética.
Para a Austrália para fazer a transição para a Nova Energia 100%, seria necessário obter 40% de sua energia a partir da energia eólica. BZE calcula que em 23 instalações com 2000 para 3 000 megawatts (MW) cada. Seria também necessário obter 60% de sua energia a partir da energia solar concentrada (CSP). que seria de 12 usinas de energia solar, cada um com capacidade de 3.500 MW. Estas são tecnologias já provou ter capacidade, na Austrália, e para ser custo-efetivo e escalável de sites atualmente produtoras de todo o mundo. O relatório chama para fazer o backup dessas fontes de energia com fontes de geração hidrelétrica e biomassa.
Cada planta CSP teria uma capacidade de armazenamento de 17 horas e bens da Austrália, a energia eólica poderia estar produzindo pelo menos 15% do tempo. já existentes na Austrália recursos hidrelétricos e as plantas de biomassa, co-fired com as usinas CSP, seria mais que suficiente para exigências. Tanto para o Currie e Bryce chamada intermitência incurável Novas Energias. Entendido pessoas compreender a novas energias não são intermitentes, mas variável, e variabilidade pode ser gerenciado.
O relatório prevê o investimento necessário para a Austrália para fazer a transição para uma nova economia de energia poderia ser pago integralmente, com receitas de electricidade a retalho, se o preço foi aumentado ~ 6,5 centavos de dólar por quilowatt-hora (kWh) em 2020. Esta é ~ $ AU420 por família por ano, ou US $ AU8 por família por semana, em 2020. O aumento do preço da electricidade da Austrália em um sistema normalizado business-as-usual (BAU) cenário é aproximadamente a mesma.
Não surpreendentemente, o calcanhar de Aquiles da Nova Energia em os E.U. e no mundo seria também um fator na realização do roteiro BZE: O plano não poderia funcionar sem nova transmissão adequada. Currie e Smil descreveu a necessidade de uma enorme quantidade de nova transmissão que fazem a 100% Nova Energia idéia bastante improvável. Esse é também o que muita gente pensou na praticidade de construção rápida de gasodutos para levar o petróleo do Texas a Nova Inglaterra, no início da II Guerra Mundial. É incrível o que um sentimento nacional de urgência pode realizar.
Como para os australianos, eles simplesmente não parecem compreender a idéia de limites. Esse é o tipo de pessoas que fazem grandes coisas, hein?
Carbono Zero na Austrália, estacionária Plano Energético, um roteiro de dez anos para 100% de energias renováveis, de Zero Emissões Beyond (BZE) e acadêmicos da Universidade de Melbourne, argumenta que a tecnologia já está disponível comercialmente e que não existem barreiras técnicas de prevenção da Austrália implantação da infra-estrutura necessária ao longo dos próximos dez anos. É um projecto de 100% economia de energia nova que iria transformar a Austrália em um líder mundial no crescente mercado em torno da luta para deter a mudança climática global.
Ninguém duvida da ousadia das ambições BZE mais do que Duncan Currie, um escritor de muito conservadora National Review. Ele descreveu recentemente a proposta de Al Gore em 2008 semelhante para os E.U. para passar para 100% Nova Energia e concluiu que "a promessa de energias renováveis tem sido consistentemente sobrevendido ..." trabalho Currie referenciado pelo matemático Vaclav Smil e petróleo e gás da indústria shill Robert Bryce em discutir essa mudança radical e abrupta longe dos combustíveis fósseis é completamente irrealista.
O papel BZE apresenta uma forte lembrança do porquê de tais ambições são, em primeiro lugar, urgente. Enquanto os líderes mundiais, capturado pelas exigências da política eleitoral e curiosidades da mídia, têm permitido negam a trombeta mentiras sobre o clima que está mudando à vista, a concentração de gases de efeito estufa (GEEs) na atmosfera atingiu 390 partes por milhão (ppm ), embora os cientistas do clima franco dizer qualquer coisa acima de 350 ppm anuncia os piores impactos.
Currie tese básica é que as mudanças de um tipo de dependência de energia para outro de madeira (para carvão, do petróleo) sempre tiveram décadas. Ele não consegue provar que não essa transição pode ser feita mais rapidamente, só que não foi feito rapidamente. Talvez, BZE e Gore poderia responder, nunca houve tanta urgência.
Além disso, a repetição de todo Currie Bryce fátuo "homem de palha" Os argumentos são inúteis. Petróleo surgiu em meados de 1800, mas não substituir o carvão em os E.U. até 1950, diz Currie e Bryce. Isso é direito, porque o óleo é para o transporte, que obteve apenas a disponibilidade generalizada e dominante de consumo de energia moderna em meados do século. O carvão foi e é para aquecimento de edifícios e geração de energia elétrica, tem que continuar a sustentá-la. aumento do petróleo, dizem Currie e Bryce, foi impulsionada principalmente pela revolução do automóvel e as necessidades militares da Segunda Guerra Mundial. Exatamente, o que demonstra que pode ser feito quando há uma necessidade urgente de uma mudança na dependência energética.
Um pouco lembrados fatos históricos desde o início da Segunda Guerra Mundial é profundamente revelador. Depois de U-boats alemães começaram a afundar navios carregados de petróleo a partir dos portos da costa do golfo de grandes centros populacionais Nova Inglaterra, os E.U. só foi capaz de aproveitar a abundância de petróleo do Texas e da Califórnia por causa de um esforço heróico para construir - unimaginably rapidamente - Big Nails e Little polegadas, um par de dutos que liga o Sudeste ao Nordeste profundo. A necessidade levou a energia para fazer o que se pensava anteriormente inatingíveis. Necessidade pode ser, para cunhar uma frase, a mãe de uma transição energética.
Para a Austrália para fazer a transição para a Nova Energia 100%, seria necessário obter 40% de sua energia a partir da energia eólica. BZE calcula que em 23 instalações com 2000 para 3 000 megawatts (MW) cada. Seria também necessário obter 60% de sua energia a partir da energia solar concentrada (CSP). que seria de 12 usinas de energia solar, cada um com capacidade de 3.500 MW. Estas são tecnologias já provou ter capacidade, na Austrália, e para ser custo-efetivo e escalável de sites atualmente produtoras de todo o mundo. O relatório chama para fazer o backup dessas fontes de energia com fontes de geração hidrelétrica e biomassa.
Cada planta CSP teria uma capacidade de armazenamento de 17 horas e bens da Austrália, a energia eólica poderia estar produzindo pelo menos 15% do tempo. já existentes na Austrália recursos hidrelétricos e as plantas de biomassa, co-fired com as usinas CSP, seria mais que suficiente para exigências. Tanto para o Currie e Bryce chamada intermitência incurável Novas Energias. Entendido pessoas compreender a novas energias não são intermitentes, mas variável, e variabilidade pode ser gerenciado.
O relatório prevê o investimento necessário para a Austrália para fazer a transição para uma nova economia de energia poderia ser pago integralmente, com receitas de electricidade a retalho, se o preço foi aumentado ~ 6,5 centavos de dólar por quilowatt-hora (kWh) em 2020. Esta é ~ $ AU420 por família por ano, ou US $ AU8 por família por semana, em 2020. O aumento do preço da electricidade da Austrália em um sistema normalizado business-as-usual (BAU) cenário é aproximadamente a mesma.
Não surpreendentemente, o calcanhar de Aquiles da Nova Energia em os E.U. e no mundo seria também um fator na realização do roteiro BZE: O plano não poderia funcionar sem nova transmissão adequada. Currie e Smil descreveu a necessidade de uma enorme quantidade de nova transmissão que fazem a 100% Nova Energia idéia bastante improvável. Esse é também o que muita gente pensou na praticidade de construção rápida de gasodutos para levar o petróleo do Texas a Nova Inglaterra, no início da II Guerra Mundial. É incrível o que um sentimento nacional de urgência pode realizar.
Como para os australianos, eles simplesmente não parecem compreender a idéia de limites. Esse é o tipo de pessoas que fazem grandes coisas, hein?
sexta-feira, 3 de setembro de 2010
Burning Brazil: Lula and Dilma lung
In Goiás, the Emas National Park had 90% of the area burned, while the National Park of Araguaia, Tocantins, fighting the fire lasts nearly a month. Indian lands burn out of control. Only on this day September 3, 116 protected areas of the country record fires, according to INPE.
The edges in farm areas, and fire that comes inside. The recent wave of fires that raged in the southern and central Amazonian Brazil showed that protected areas (PAs) are vulnerable during periods of extreme drought. It also showed that the government and public agencies to combat and prevent the fire have disabilities and are not prepared for large wildfires.
"Out of the Prevention of Fire in the States, there are more who do covers and make a fundamental step in the planning, which are precisely the plans to prevent and combat," says a servant of the Ministry of Environment who asked not to be identified.
Held in 2008, the division of IBAMA was done on paper, but seems not to be fully consolidated. She may have been a cause of the lack of preventive action - according to some analysts pointed ears for comment. And this year, the system is being put to the test with the Chico Mendes Institute for Biodiversity Conservation (ICMBio) captaining the first time without the aid of Prevfogo preventing and fighting fires. "Before the separation of the two bodies, there was an integrated center, specialized, experienced people," says a servant of the organ, who worked on PrevFogo and also asked not to be identified.
The parks and reserves of the country, managed by ICMBio, were in part without the structure of PrevFogo, which this year had as a priority aid to municipalities and critical task of combating all forms of forest fire. The PAs were with the brigade - who were hired and trained.
However, no prevention work, says the agency servers. "The fire lines," cites the example of the employee "should be arranged several months in advance, otherwise does not stop a forest fire." These tasks will take at least six months of the year - and not the few weeks that takes the fire to roast the park.
In recent years, the Environment Ministry has been implementing a series of forums aimed at integrating the forces directly involved with the issue of fire in various spheres of government. It lacked, however, integrate the teams of their own ministry after separation of the two institutes.
Bureaucracy
The release of funds to fight the fire only occurs now in full emergency. The announcement by Minister Izabella Teixeira on the allocation of tens of millions of dollars to fight only proves immediately that it was not for want of money a policy of fire prevention in conservation units and indigenous lands did not leave the paper.
"What impresses me most is the contrast between the poor working conditions of environmental agencies and the mountain of money is spent in emergency situations. If 1% of £ 48 million had been invested in prevention and equipment of agencies that operate in Tocantins, surely the damage would be incomparably less, "he said in comments reported on ((o)) echo, environmental analyst Araguaia National Park , Raoni Japiassu. "I hope that this whole mountain of resources available at the beginning of the year when we all begin work to prevent fires."
In the last week of August, the Environment Ministry released daily briefings, held a press conference to a series of press conferences and faced the fact that the fire in the UCs with gravity. Entered the field planes, helicopters and hiring hundreds of firefighters to combat wildfire. Expensive measures, though effective against calamity.
Little is explained, however, the institutional deficiencies. The drought was predictable - the Ministry has an agreement with the National Institute for Space Research, with reports on weather and location of hotspots. With it came the fire. A number of measures could have been taken to prevent from spreading so as to burn almost an entire national park - the case of Emas - like the construction of firebreaks, which are cuts in the woods that would prevent the flames from spreading.
The fires are almost entirely criminal, as evidenced in Emas where he had found human footprints in places where the fire started, and government agencies has sought the enforcement through fines and criminal proceedings. The problem is that many conservation areas, as well as indigenous lands are invaded, or were demarcated without the regularization take care of unemployment.
Indian lands were 13% of the total area burned in the last month. Many indigenous peoples, such as the Xavante, the Bororo and opinions, use fire as a custom of their traditions. Collective hunts, where the fire used to burn the surrounding forest and animals in general are linked to cosmological situations, and are tools for weddings and traditional festivals.
Often, however, are the fireworks the neighbors that encroach on Indian lands. "It's burning everything, without control. But do not know if it was our fire, traditional or farmers, as it is mixed, says the chief Supretaprã, Indian Land Pimentel Barbosa. There's combat brigades, and so little workshops were prepared for, among Indians, instruct them about the threat of drought to come, and could be overwhelming.
Draws attention to an experience drawn from the people and mynky Irantxe, who also occupy an area of Cerrado and Amazon transition in Mato Grosso, may be a reference. The PrevFogo IBAMA in partnership with Funai local, organized a series of workshops with the Indians, discussed the traditional methods of use of fire, built fire lines and strategies to prevent an uncontrolled fire in the dry season. The result is that this drought has not been burned in these territories.
The edges in farm areas, and fire that comes inside. The recent wave of fires that raged in the southern and central Amazonian Brazil showed that protected areas (PAs) are vulnerable during periods of extreme drought. It also showed that the government and public agencies to combat and prevent the fire have disabilities and are not prepared for large wildfires.
"Out of the Prevention of Fire in the States, there are more who do covers and make a fundamental step in the planning, which are precisely the plans to prevent and combat," says a servant of the Ministry of Environment who asked not to be identified.
Held in 2008, the division of IBAMA was done on paper, but seems not to be fully consolidated. She may have been a cause of the lack of preventive action - according to some analysts pointed ears for comment. And this year, the system is being put to the test with the Chico Mendes Institute for Biodiversity Conservation (ICMBio) captaining the first time without the aid of Prevfogo preventing and fighting fires. "Before the separation of the two bodies, there was an integrated center, specialized, experienced people," says a servant of the organ, who worked on PrevFogo and also asked not to be identified.
The parks and reserves of the country, managed by ICMBio, were in part without the structure of PrevFogo, which this year had as a priority aid to municipalities and critical task of combating all forms of forest fire. The PAs were with the brigade - who were hired and trained.
However, no prevention work, says the agency servers. "The fire lines," cites the example of the employee "should be arranged several months in advance, otherwise does not stop a forest fire." These tasks will take at least six months of the year - and not the few weeks that takes the fire to roast the park.
In recent years, the Environment Ministry has been implementing a series of forums aimed at integrating the forces directly involved with the issue of fire in various spheres of government. It lacked, however, integrate the teams of their own ministry after separation of the two institutes.
Bureaucracy
The release of funds to fight the fire only occurs now in full emergency. The announcement by Minister Izabella Teixeira on the allocation of tens of millions of dollars to fight only proves immediately that it was not for want of money a policy of fire prevention in conservation units and indigenous lands did not leave the paper.
"What impresses me most is the contrast between the poor working conditions of environmental agencies and the mountain of money is spent in emergency situations. If 1% of £ 48 million had been invested in prevention and equipment of agencies that operate in Tocantins, surely the damage would be incomparably less, "he said in comments reported on ((o)) echo, environmental analyst Araguaia National Park , Raoni Japiassu. "I hope that this whole mountain of resources available at the beginning of the year when we all begin work to prevent fires."
In the last week of August, the Environment Ministry released daily briefings, held a press conference to a series of press conferences and faced the fact that the fire in the UCs with gravity. Entered the field planes, helicopters and hiring hundreds of firefighters to combat wildfire. Expensive measures, though effective against calamity.
Little is explained, however, the institutional deficiencies. The drought was predictable - the Ministry has an agreement with the National Institute for Space Research, with reports on weather and location of hotspots. With it came the fire. A number of measures could have been taken to prevent from spreading so as to burn almost an entire national park - the case of Emas - like the construction of firebreaks, which are cuts in the woods that would prevent the flames from spreading.
The fires are almost entirely criminal, as evidenced in Emas where he had found human footprints in places where the fire started, and government agencies has sought the enforcement through fines and criminal proceedings. The problem is that many conservation areas, as well as indigenous lands are invaded, or were demarcated without the regularization take care of unemployment.
Indian lands were 13% of the total area burned in the last month. Many indigenous peoples, such as the Xavante, the Bororo and opinions, use fire as a custom of their traditions. Collective hunts, where the fire used to burn the surrounding forest and animals in general are linked to cosmological situations, and are tools for weddings and traditional festivals.
Often, however, are the fireworks the neighbors that encroach on Indian lands. "It's burning everything, without control. But do not know if it was our fire, traditional or farmers, as it is mixed, says the chief Supretaprã, Indian Land Pimentel Barbosa. There's combat brigades, and so little workshops were prepared for, among Indians, instruct them about the threat of drought to come, and could be overwhelming.
Draws attention to an experience drawn from the people and mynky Irantxe, who also occupy an area of Cerrado and Amazon transition in Mato Grosso, may be a reference. The PrevFogo IBAMA in partnership with Funai local, organized a series of workshops with the Indians, discussed the traditional methods of use of fire, built fire lines and strategies to prevent an uncontrolled fire in the dry season. The result is that this drought has not been burned in these territories.
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